Jornal Estado de Minas

Série revela segredos de cidadãos acima de qualquer suspeita


Harlan Coben é um escritor norte-americano que se celebrizou por séries de romances policiais – lançou, desde 1990, três dezenas de títulos, que somam 75 milhões de exemplares vendidos. Nos livros, seus personagens, de maneira geral, circulam pelas regiões de Nova Jersey e Nova York. Já na televisão, a história é outra. As histórias foram ambientadas na França – Sem retorno (2015), com seis episódios, está disponível no %2bGlobosat – e no Reino Unido.



Safe (2018), estrelada por Michael C. Hall, marcou o início da parceria de Coben com a Netflix. Não fale com estranhos, recém-chegada à plataforma de streaming, é a segunda série fruto desse acordo. As duas histórias trazem pontos em comum. Foram rodadas no Reino Unido, com atores ingleses, e têm como cenário residências de famílias que vivem confortavelmente nos subúrbios. Por fora, são famílias estáveis que têm uma existência convencional. Só que todas guardam segredos.

Em Não fale com estranhos, o protagonista é Adam Price (Richard Armitage), advogado bem casado e pai de dois adolescentes. Quando está assistindo ao treino de um deles, é abordado por uma jovem (Hannah John-Kamen) que lhe revela que sua mulher, a professora Corrine (Dervla Kirwan), forjou há poucos anos uma gravidez. Era tudo mentira: o teste, a ultrassonografia e a barriga.

O advogado logo vai tentar descobrir o que ocorreu. Ao mesmo tempo, seu filho mais velho se vê envolvido em uma noitada que terminou com uma alpaca morta e a dona de uma cafeteria aparece assassinada. Enquanto isso, a estranha continua chantageando outras pessoas que têm segredos a esconder.

Essa história mirabolante vai criando uma teia em que todos os personagens têm um lado oculto. Como em Safe, o desenlace é um tanto anticlimático. Ainda que apresente lances inverossímeis, Não fale com estranhos mantém o suspense até o episódio final. (MP)

NÃO FALE COM ESTRANHOS
A minissérie, com oito episódios, está disponível na Netflix