A letra de um canto indígena transformada em uma pintura é a abertura da exposição Vaivém no Centro Cultural Banco do Brasil, em Belo Horizonte. A tela demorou quatro dias para ficar pronta e o Estado de Minas acompanhou com exclusividade o processo. A obra é de autoria do Movimento de Artistas Huni Kuin (Mahku), um coletivo da região do Acre, na divisa do Brasil com o Peru, que reúne 12 artistas plásticos.
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Muitas chances de ouvir Beethoven em BH, nos 250 anos de seu nascimento Mostra Audiovisual de Arte do Barreiro abre espaço para novos talentosLaboratório de sensações, 'Híbrida' propôs novas vivências ao públicoA mostra surgiu da tese de doutorado do curador, Raphael Fonseca, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), sobre o papel das redes de dormir no Brasil, do século 16 aos tempos atuais.
Raphael Fonseca conta que a ideia de trazer o Makhu surgiu nas pesquisas sobre o tema das redes, um dos elementos presentes nas pinturas dos Huni Kuin. O Mahku fez uma tela em cada uma das quatro cidades onde o CCBB apresentou a exposição. As obras pintadas em Brasília e Rio de Janeiro foram transportadas para a exposição em BH. A de São Paulo foi feita em uma parede e não em uma tela e, por isso, não poderá ser vista na capital mineira.
“A gente pensou que seria bacana se eles viajassem pelas quatro cidades e em cada uma delas produzisse uma pintura nova, respondendo à arquitetura do espaço e a cantos diferentes”, explicou o curador.
A exposição Vaivém
A mostra no CCBB-BH conta com trabalhos de mais de 30 artistas de todo o Brasil, como Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, entre outros. A exposição reúne pinturas, fotografias, vídeos, esculturas, instalações, cerâmica, entre outros.
Exposição Vaivém
CCBB-BH
Praça da Liberdade
De 11/03 a 18/05
De quarta a segunda, das 10h às 22h
Entrada gratuita