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Estado de Minas

Mariana Nunes lança 'Cantante', álbum produzido por Jaques Morelenbaum

Show em BH nesta quinta (12) conta com Morelenbaum e os músicos Cristóvão Bastos, Lula Galvão, Rafael Barata, Jorge Hélder, Nivaldo Ornelas e Marcelo Costa. Ingressos custam R$ 10


postado em 11/03/2020 04:00 / atualizado em 10/03/2020 20:16

Mariana Nunes lança o álbum Cantante amanhã, em Belo Horizonte, acompanhada de Cristóvão Bastos (piano), Lula Galvão (violão), Rafael Barata (bateria), Jorge Hélder (baixo acústico), Nivaldo Ornelas (sax soprano), Marcelo Costa (percussão) e Jaques Morelenbaum (violoncelo)(foto: Frank Bitencourt/Divulgação)
Mariana Nunes lança o álbum Cantante amanhã, em Belo Horizonte, acompanhada de Cristóvão Bastos (piano), Lula Galvão (violão), Rafael Barata (bateria), Jorge Hélder (baixo acústico), Nivaldo Ornelas (sax soprano), Marcelo Costa (percussão) e Jaques Morelenbaum (violoncelo) (foto: Frank Bitencourt/Divulgação)

Depois de 12 anos do lançamento de seu primeiro trabalho solo, A luz é como a água (2008), a cantora mineira Mariana Nunes volta aos palcos para apresentar o álbum Cantante, produzido pelo instrumentista e maestro carioca Jaques Morelenbaum. O show de lançamento será nesta quinta-feira (12), em Belo Horizonte.

O show contará com a presença dos músicos que fizeram parte da gravação do CD, no Rio de Janeiro: Cristóvão Bastos (piano), Lula Galvão (violão), Rafael Barata (bateria), Jorge Hélder (baixo acústico), Nivaldo Ornelas (sax soprano), Marcelo Costa (percussão), além do próprio Morelenbaum ao violoncelo.

Mariana conta que o trabalho foi planejado primeiramente para ser produzido por Flávio Henrique, que morreu em 2018, de complicações trazidas pela febre amarela. Isto fez com que a cantora fosse para o Rio gravar com um dos maiores instrumentistas brasileiros. Além da direção musical, Jaques Morelenbaum assinou também os arranjos e a produção do disco.

“Confesso que (trabalhar com Morelenbaum) era um desejo antigo. Resolvi gravar no Rio de Janeiro para também espairecer um pouco. Aí fui construindo o repertório aos poucos. A partir do momento em que me vi com timidez diante de um arranjador e produtor como o Jaques, acabei mudando um pouco as minhas ideias sobre o repertório e achei melhor passar por releituras que desejava cantar e que, de alguma forma, tinham a ver com esse universo dele”, conta Mariana.

A cantora diz que sua referência sobre Morelenbaum sempre passou por Caetano Veloso, principalmente por causa do disco Fina estampa. “Então resolvi gravar Quero ir a Cuba. Tenho uma relação com Cuba, pois já fiz shows. Essa é uma forma de homenagear a ilha. Depois gravei com João Cavalcanti Dueto, de Chico Buarque. Na verdade, estava em busca de uma música para cantar com ele e essa canção me pareceu perfeita, embora seja antiga e tenha sido regravada pelo próprio Chico (no álbum Caravanas, em que a interpreta com a neta Clara Buarque).”

O fato de gravar o disco no Rio permitiu que Mariana convidasse Ed Mota para participar do álbum. “Ele já tinha participado de um show do Cobra Coral, quando cantamos Doce ilusão, parceria dele com Nelson Motta. Então eu o convidei para gravar essa canção comigo. Gravei também Quadros modernos, de Toninho Horta, Flávio Henrique e Murilo Antunes, que foi uma forma de homenagear o Flávio. No ano passado, o Cobra Coral fez um show em homenagem ao Flávio e sugeriram que eu fizesse a canção com o Juarez Moreira. Ficou muito bonito o arranjo, muito especial, inspirado e delicado. Essa foi a única faixa gravada em BH, que é de voz e violão.”

JAZZ

Mariana também gravou Medo de amar (Vinícius de Moraes). “Gravei também uma sugestão de Jaques e que abre o disco, que é Tão fundo o mar. É uma versão de Carlos Rennó, que adoro e que vinha buscando também coisas dele para gravar. Trata-se de How deep is the ocean (Irvin Berlin), que é do universo jazzístico e Rennó fez essa versão em português.”

Outra música que integra o álbum é Ponto de vista, samba que fez sucesso com o grupo Casuarina e na voz de Zeca Pagodinho. “É uma parceria carioca de João Cavalcanti e Edu Krieger. Edu também é um grande letrista. Ponto de vista tem uma letra genial, extremamente apropriada para o momento que o Brasil está vivendo. Por fim, gravei uma inédita, Cantante, que dá nome ao CD e foi composta especialmente para este trabalho por Cristóvão Bastos e Roberto Didio.”

No show desta quinta, Mariana incluirá músicas de seu disco anterior e também de Abrapalavra (2004), em parceria com Vitor Santana. Entre as canções que ela escolheu estão Pra não chorar (Vitor Santana/Murilo Antunes/Hélder Quiroga/Marcos  Braccini), A luz é como a água (Flávio Henrique/Makely Ka), Capulito (Rafael Hernandez), A violeira (Tom Jobim/Chico Buarque) e Polícia, bandido, cachorro e dentista (Sérgio Sampaio).

Morelenbaum diz que a produção de Cantante “foi muito tranquila, pois propus a ela um time de músicos com os quais costumo trabalhar sempre”. Ele cita que “são músicos considerados no mundo todo, como o Lula Galvão,  que é meu parceiro no Samba Trio, um grande mestre, e o Rafael Barata, que é esse talento fantástico. Aí, somamos o Jorge Helder, que é o maior contrabaixista vivo brasileiro, de uma competência e uma segurança medonhas, além de ser agradável e divertido. Sem falar no Cristóvão Bastos, no Nivaldo Ornelas e no Marcelo Costa, que também não ficam atrás”.

No momento, Morelenbaum está produzindo o novo disco da cantora portuguesa Mariza, de quem ele já produziu dois álbuns, em 2005 e 2007. “Agora ela me convidou novamente para esse trabalho que celebra a cantora Amália Rodrigues no centenário de seu nascimento. Não por acaso, convidei a mesma banda que gravou o disco da Mariana para participar do álbum. Gravamos no Rio as orquestras e bases e depois fui para Portugal para gravar as cordas. Por outro lado, continuo tocando com o Samba Trio e agora vamos fazer o show de lançamento do CD Alegria de viver, do Lula Gavão, gravado na Alemanha e que está muito bonito.”

MARIANA NUNES
Show de lançamento do CD Cantante, nesta quinta-feira (12), às 21h, no Teatro do Minas Tênis Clube – Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1360. 
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).


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