Um clima de novela, mas com direito a socos, pontapés e muitas referências dos quadrinhos. Não há outra maneira de resumir o piloto de Batwoman, série em cartaz na HBO. É mais uma produção inspirada no universo da DC Comics que a emissora exibe. Esqueça a complexidade de Watchmen. O papo aqui é bem mais simples e direto.
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João Paulo III assume o Vaticano na série 'The new pope'Roberto Carlos faz live no domingo, dia em que completa 79 anos Secretaria de Cultura quer socorrer 'a base da pirâmide' na criseA primeira aparição de Kate Kane (Ruby Rose) é embaixo d’água. Presa, ela tenta se soltar com muito esforço. Está num lago congelado, e só quando chega à superfície e se desvencilha de todo o gelo, é que descobrimos que a personagem faz um treino pesadíssimo no Alasca. Toda a cena é entremeada por flashbacks, quando a vemos criança ao lado da irmã e da mãe. Um acidente de carro deixa o veículo atravessado numa ponte. Batman aparece, mas só salva Kate.
O trauma da morte da mãe e da irmã acompanha a personagem, já adulta. Do gelo a ação vai para Gotham City. E é aí que descobrimos que Batman, primo de Kate, desapareceu há três anos. Vivo ou morto? – ninguém sabe dizer. Só que ele não deixou boas lembranças. Sem seu protetor, Gotham agora é resguardada por um exército privado, os Crows (Corvos), comandados por Jacob Kane (Dougray Scott), o pai de Kate.
No evento público em que a prefeitura decide desligar permanentemente o batsinal, a gangue comandada por Alice (Rachel Skarsten) entra em ação. Mata alguns guardas e sequestra Sophie (Meagan Tandy), a agente favorita de Jacob. Avisada do ocorrido, Kate retorna à cidade.
Tudo isso ocorre na primeira parte do episódio-piloto. Sempre indo e vindo no tempo, a série apresenta Kate, que mais tarde se tornará a Batwoman, como mulher solitária e cheia de complexos. Acredita que o pai, novamente casado, a mandou para fora da cidade porque, de alguma forma, a culpa pela morte da mulher e da filha. E também porque Kate não seria a filha dos sonhos, pois foi expulsa do Exército devido ao seu relacionamento com Sophie.
Pioneira
Batwoman é a primeira super-heroína lésbica a protagonizar uma série. Mesmo que a orientação sexual da personagem não seja a questão central da narrativa, essa questão está presente em vários momentos.“Eu era muito como ela quando mais nova: a hesitação em confiar nas pessoas, achar que podia fazer tudo sozinha, não ter uma família grande. E ser gay, obviamente. Mas isso não é o principal da série”, disse a atriz Ruby Rose à The Hollywood Reporter.
Seja como for, pelo menos em seu piloto Batwoman apresenta muito pano pra manga para o desenrolar da temporada de estreia – e precisa disso, pois são 22 episódios. O segundo ano, aliás, já foi confirmado.
BATWOMAN
. 22 episódios
. Às sextas, às 22h, na HBO
. Disponível no HBO Go