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Estado de Minas

Fotógrafos voltam as lentes para si mesmos no isolamento. Veja cliques

Após cancelamento do festival Foto em Pauta, seis profissionais da fotografia mineiros revelaram ao 'Estado de Minas' imagens produzidas na quarentena


19/04/2020 04:00 - atualizado 18/04/2020 21:40

A menos de uma semana da abertura, programada para o último dia 18 de março, a décima edição do Foto em Pauta – Festival de Fotografia de Tiradentes foi adiada. Esse foi o primeiro grande evento de Minas Gerais a ser protelado em decorrência da pandemia do novo coronavírus, declarada uma semana antes pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Como era uma edição comemorativa, também seria a maior. A programação incluía 20 palestras, 26 exposições, 10 cursos, 40 lançamentos de fotolivros, além de projeções na rua. Tudo isso, afirma o idealizador do evento, o fotógrafo Eugênio Sávio, ainda irá ocorrer, numa nova data, a ser definida.

Treze nomes que fazem parte da história do festival, iniciada há 17 anos, em Belo Horizonte, com o projeto Foto em Pauta, para promover encontros de fotógrafos com o público, estão nesta e na última página deste caderno. A convite do Estado de Minas, Eugênio Sávio convocou os colegas mineiros para revelar o seu olhar sobre o período de isolamento social – e apresentou também o dele.

(foto: Eugênio Sávio/Especial para o EM)
(foto: Eugênio Sávio/Especial para o EM)
Eugênio Sávio

“O autorretrato é um clássico na história da arte e, consequentemente, da fotografia. Sempre gostei de fazer. Neste isolamento, entendi como oportunidade de olhar para mim mesmo e para o espaço onde fico.” 

(foto: Gabriela Sá/Especial para o EM)
(foto: Gabriela Sá/Especial para o EM)
Gabriela Sá

“Esta imagem poderia versar sobre a angústia ou sobre o medo que acomete a todos nós, artistas, que já alocados em uma lógica de trabalho sem muita segurança, agora nos encontramos sem segurança alguma. Poderia também ser uma afirmação do momento atual, que se configura quase como um aprisionamento domiciliar para aqueles que não aguentam mais ficar em casa. Mas, para mim, ela destrincha a clausura na partilha do comum.”

(foto: Leo Lara/Especial para o EM)
(foto: Leo Lara/Especial para o EM)
Leo Lara

“Minha mulher tem se dedicado à produção de máscaras caseiras. A produção é doada para a família e amigos e, claro, serve para eu poder sair. Quando estou em casa, organizo meus arquivos, faço pesquisas na internet e também cursos diversos. A internet é um caminho para tentar compreender o mundo em que vivemos.”

(foto: Márcio Rodrigues/Especial para o EM)
(foto: Márcio Rodrigues/Especial para o EM)
Márcio Rodrigues

“Parafraseando Ronaldo Fraga: 'A moda não é feita de produtos, a moda é feita de pessoas'. Hoje, mais do que nunca, estamos todos confinados, resumidos às nossas condições de pessoas, iguais, humanos. Tenho feito coisas que eu nunca tinha experimentado antes, valorizando mais tantos profissionais dos quais dependemos para podermos buscar nossos sonhos.”

(foto: Katia Lombardi/Especial para o EM)
(foto: Katia Lombardi/Especial para o EM)
Katia Lombardi

“Estou há um mês confinada em casa, em São João del-Rei. As sensações transmutam intensamente ao longo do dia. O corpo permanece em liberdade na mônada onde habito. Não há contas a prestar com o mundo lá fora. A mente transita entre o medo, a angústia e a solidão. Ora me falta o ar, ora transbordo energia.”

(foto: Márcia Charnizon/Especial para o EM)
(foto: Márcia Charnizon/Especial para o EM)
Márcia Charnizon

“Comecei a série Em bolhas em 2019, por causa da polarização política, pelas bolhas sociais e o jogo dos algoritmos. Se eu mostrasse esse trabalho antes de 2020, cada um faria diferentes leituras da bolha. Este ano, será que ela nos traz um significado globalizado, vivido por quase todos neste planeta e, o mais incrível, ao mesmo tempo?”



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