Jornal Estado de Minas

Lua, janelas, entardecer: veja o que inspira fotógrafos confinados

Alexandre Lopes

“Esta imagem foi produzida nos primeiros dias de confinamento, como um desafio do Núcleo de Estudos Fotografia Arte e Cultura (Núcleo FAC). Utilizei luz natural e um pedaço de papel. Destaco o ar e seu percurso incontrolável, que, de certa forma, comandou boa parte da ação gerando este resultado. A imagem sugere a fluidez de nossas vidas.”




(foto: Luiza Ananias/Especial para o Estado de Minas)
Luiza Ananias

“Esta imagem é um still life (natureza morta) com objetos aqui de casa e com uma luz no fim de tarde que confesso nunca ter reparado antes.”

(foto: Anna Karina Bartolomeu/Especial para o Estado de Minas)
Anna Karina Bartolomeu

“Na última lua cheia, circularam muitas fotografias nas redes. Um ponto comum no céu, ao alcance do olhar dos confinados. Também fui rendida por ela, e o exercício de contemplá-la veio junto com a consciência aguda da vulnerabilidade da vida. Veio à memória o filme Melancolia, de Lars Von Trier: a imagem do planeta imenso de mesmo nome que se aproxima da Terra e as reações humanas, instáveis, claras e sombrias, que emergem ante o inevitável. Com os pés no chão, temos uma chance de evitar muito do pior, então, fiquemos em casa!”

(foto: Marcelo Rosa/Especial para o Estado de Minas)
Marcelo Rosa

“Os mais jovens, no caso os meus filhos, estão sentindo a falta das rodas de conversa na mesa do barzinho, das baladas, da escola. Resta (no bom sentido) tirar um tempo para ficar observando o belo horizonte, o que não é nada mal.”

(foto: Cristiano Xavier /Especial para o Estado de Minas)
Cristiano Xavier

“Como fotógrafo de expedição acostumado a viajar pelo mundo, ficar em casa não faz parte da minha rotina. Esta imagem faz parte de um ensaio com os objetos que trago das viagens, uma forma de exercitar a fotografia e acalmar a mente. Esta escultura em madeira eu trouxe da Indonésia.”




Paulo Laborne

(foto: Paulo Laborne/Especial para o Estado de Minas)
“Nasci numa fazenda em Abaeté. Resolvi passar este tempo difícil junto da natureza e com os que amo. É tão bom não ver TV, acordar com o nascer do sol e dormir com as galinhas, quando o mundo é silêncio.” 

Gláucia Nogueira

(foto: Gláucia Nogueira/Especial para o Estado de Minas)
“As janelas se tornaram minhas molduras, formando imagens que antes passavam despercebidas. Do lado de dentro, desenham longas sombras com a entrada da luz, marcando as horas do dia. Mas,  quando volto o olhar para o lado de fora, vejo através da mesma janela uma cidade que precisa sair de casa e enfrentar o vírus. Como a maioria das cidades do mundo, Paris está silenciosamente trágica e linda.”

audima