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Estado de Minas MÚSICA

Geraldo Azevedo convida para o arrasta-pé on-line

Cantor e compositor lança álbum digital com 11 clássicos das festas juninas, homenageando Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Vídeos estão disponíveis no canal oficial do artista no YouTube


postado em 17/06/2020 04:00

(foto: Marcelo Ribeiro/divulgação)
(foto: Marcelo Ribeiro/divulgação)

"Na roça onde vivíamos, não tinha luz. Então, as famílias acendiam fogueiras nas portas das casas. Era uma coisa linda"

Geraldo Azevedo, cantor e compositor

Geraldo Azevedo traz a festa junina em seu DNA. Nascido na região de Petrolina (PE), ele participava de folguedos em que jamais faltavam  músicas de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Agora, a pandemia obriga o veterano cantor e compositor, de 75 anos, a se reinventar.

Os “arraiás” estão cancelados, para evitar aglomerações. Acostumado à agenda repleta de compromissos “presenciais” em junho e julho, o pernambucano celebra o são-joão no “modo on-line”, lançando o disco digital Arraiá de Geraldo Azevedo.

Gravado no Circo Voador, no Rio de Janeiro, em 2019, o álbum está disponível em todos os aplicativos musicais. Até julho, vídeos estarão chegando semanalmente ao canal oficial do músico no YouTube.

CLÁSSICOS 
“Fizemos um recorte, que inclui os grandes clássicos dos festejos juninos e algumas canções autorais minhas, que sempre fazem sucesso no arrasta-pé. A ideia era trazer um disco animado como a época pede”, explica Azevedo.

Acompanhado por banda de nove instrumentistas e três backing vocals, sob a direção do flautista e saxofonista César Michiles, ele canta ABC do sertão, Sabiá e Xote das meninas (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), Ói eu aqui de novo (Antônio Barros), Espumas ao vento (Accioli Neto) e Petrolina e Juazeiro (Jorge de Altinho).

Um medley traz os xotes O canto da ema e Sebastiana, de Rosil Cavalcante, sucessos de Jackson do Pandeiro. Outros destaques do repertório são Moça bonita e Sétimo céu, parcerias de Azevedo com Capinan e Fausto Nilo, respectivamente.

O cantor e compositor relembra com carinho sua ligação com o são-joão. “Na roça onde vivíamos, não tinha luz. Então, as famílias acendiam fogueiras nas portas das casas. Era uma coisa linda, adorávamos. Tenho essa lembrança muito viva em minha memória. As fogueiras, o céu estrelado, o forró”, conta. “Morávamos às margens do Rio São Francisco, plantávamos milho no Dia de São José para colher no Dia de São João. Era muita fartura, com todas aquelas comidas, pamonha, canjica, milho cozido, milho assado na fogueira.”

Gonzagão era um ídolo e fonte de inspiração. “A primeira música que cantei em público foi ABC do sertão, eu tinha uns 5 anos. Minha mãe era dona de uma escola, sempre promovia saraus. Ela ensinava cantando”, diz Geraldo. “Luiz Gonzaga era a grande referência da música nordestina no sertão onde cresci. Com Jackson do Pandeiro, tive a sorte a honra de dividir momentos incríveis no início da minha carreira. Aprendi muito com ele”, conclui.

ARRAIÁ DE GERALDO AZEVEDO

Álbum digital
11 faixas
Geração Produtora
Disponível nas plataformas digitais
Vídeos: https://www.youtube.com/watchv?=F1Pmsi-pNoI


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