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Fábio Porchat promete boa prosa virtual

Fábio Porchat tem boas histórias para contar. As mais recentes estão ligadas à pandemia. Logo que se isolou no prédio onde mora com a mulher, no Rio de Janeiro, deixou na porta de cada vizinho um kit de guloseimas. Resultado: rolou uma “rede do bem” no edifício, conta Porchat. Ele mesmo já recebeu goiabada e bolo.



A pandemia motivou outro gesto fofo do apresentador. A cuidadora de uma senhora que completou 100 anos enviou uma carta a ele, pedindo saudações a dona Ieda no programa Papo de segunda (GNT). Assim foi feito. Atendendo à sugestão do colega João Vicente, Porchat montou um “parabenzaço”. Combinou com o síndico e, no horário marcado, os vizinhos foram à janela cantar parabéns para ela.

SEGREDO Se casais vêm se estranhando na quarentena, Porchat “derreteu” o coração da mulher, Nataly Mega. No dia do aniversário dela, pediu-a – de novo – em casamento. “O segredo é manter a rotina de trabalho dentro da própria casa. Apesar de a gente estar se vendo sempre, não estamos juntos sempre. Quando estamos juntos é porque queremos. Temos hora para o chamego”, diz ele.

A partir de terça-feira (4), na nova fase do programa Que história é essa, Porchat?, a COVID-19 não estará em na pauta. “Não finjo que não está acontecendo. Ao contrário. No monólogo da abertura, falo sobre a importância de nos protegermos”, explica. Mas ele quer contar outras histórias.



Fábio estará sozinho no palco, enquanto imagens dos entrevistados e da plateia serão exibidas em telões. Ficar longe do público é doloroso, reconheceu ele, em entrevista coletiva concedida remotamente.

Foi preciso paciência para chegar ao formato dos novos 17 episódios. “Esperamos um pouco para entender como funcionariam os estúdios”, conta. Para garantir qualidade de vídeo e áudio, cada convidado receberá em casa um kit com equipamentos higienizados.
Porchat se submeteu a exames antes de voltar às gravações, acompanhadas por 10 técnicos, “vestidos como cientistas malucos”, segundo ele. Feito sob medida na casa do apresentador, o figurino, devidamente higienizado, está guardado na Globo.



Sem poder interagir com a plateia, Porchat garante: a essência do programa está mantida. “As histórias têm de ser boas, por isso a produção é importante. Se a história prende, ela pega e pronto.” Porém, só o bom caso não basta. É fundamental ter o dom de contá-lo. Ana Furtado e Talita Carauta reconheceram não ter esse talento e declinaram gentilmente do convite.

A nova temporada trará Antônio Fagundes como convidado, o caso do motorista de aplicativo que ajudou a encontrar o pai de uma passageira e a história da mulher que em vez de enviar seu nude para o peguete, mandou-o para o marceneiro. “E fechou o projeto com ele!”, diverte-se Porchat.

Fagundes conta que deu boas risadas durante sua participação, revelando que os dois não se conheciam pessoalmente. “A gente se frequenta há tempos. Porchat assistia a minhas peças e eu aos espetáculos dele, sempre com muito prazer. Fazer o programa foi uma delícia. Ele é irresistível em cena e pessoalmente também.”





VIAJANTE Segundo o ator, Porchat é carinhoso, de fácil convívio e tem a qualidade de gostar de viajar. “Para mim, quem gosta de viajar já é uma boa pessoa, pois valoriza o contato com outras culturas. Isso mostra o tipo de abertura que ele tem.”
Outros convidados de Que história... são Fafá de Belém, Sandra Annenberg, Monique Alfradique, Leandro Hassum, Rodrigo Hilbert, Nelson Motta e Luís Miranda.

QUE HISTÓRIA É  ESSA, PORCHAT?
. Às terças-feiras, às 22h30, no GNT

FALA, PORCHAT!


Qual é a primeira lembrança que você tem da vida?
Do meu pai montando uma pipa quando eu tinha 3 anos.

Nasceu de novo. Quem você seria?
Gostaria de ser o filho de Deus.

Qual foi a maior loucura que você fez na profissão?
Terminei de gravar um programa às 19h15 lá em Barra Funda, São Paulo. Fui de moto, consegui pegar um voo às 20h. Cheguei às 20h45 no Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e às 21h estava no Teatro Leblon fazendo minha peça. Naquele dia, envelheci uns 15 anos.





Quais foram suas primeiras crushs famosas?
Deborah Secco, na peça Confissões de adolescente, e Natália Lage, na novela Mapa da mina.

Com quem que não está mais aqui você gostaria de trabalhar?
Rogério Cardoso, Costinha, Golias e Dercy Gonçalves.

Porchat chegou ao céu. Para entrar, tem de ter o quê?
Pão e queijo.

O que você quer ver escrito na sua lápide?
Gente, fiquem tranquilos. Eu morri e já sei: Deus não existe mesmo.