Para inaugurar seu espaço no YouTube, o cantor e compositor Samuel Rosa faz live neste sábado (26), com um convidado especial: Juliano Alvarenga. Às 17h, pai e filho dividirão os microfones no Estúdio Sonastério, em Nova Lima, com transmissão pelos canais de Samuel e da banda Daparte na plataforma de vídeos. O guitarrista Doca Rolim, o contrabaixista Alexandre Mourão e o baterista Marcelo Ricardo acompanharão a dupla.
Guitarrista e violonista do grupo Daparte, Juliano, de 21 anos, conta que a pandemia o aproximou artisticamente de Samuel, de 54. “Com a quarentena, eu e meu pai começamos a fazer covers, a falar mais de música. Fomos ficando cada vez mais íntimos nesse âmbito. Quando chegava à casa dele, pegávamos violões e tocávamos várias músicas por um tempo. Era muito legal.”
O repertório deste sábado nasceu daqueles encontros domésticos. “São alguns de nossos covers durante o período de reclusão. Ficávamos ali, naquele flerte com as músicas. Foi assim que veio a ideia de fazer a live para promover o canal do Samuel no YouTube”, diz Juliano.
O novo canal no YouTube de Samuel apresentará o “lado solo” dele, experiências fora do Skank. Juliano Alvarenga faz mistério sobre o repertório da live, mas adianta que serão 24 canções. “Além dos covers, vamos cantar músicas da Daparte e do Skank. Meu pai admira muito a Daparte e eu, por outro lado, admiro o trabalho do Skank. Estamos com muita expectativa, pois os ensaios estão superlegais. Convidamos amigos para tocar conosco, pessoas muito competentes. Estou me sentindo em casa”, afirma o jovem guitarrista.
Juliano é só elogios para a banda de apoio: “O Marcelo, conheço desde criança. O Doca toca com o Skank. E o Alexandre, muito experiente, já tocou com Samuel na banda Pouso Alto”. Ele faz um apelo para os fãs se inscreverem nos canais de seu pai e da banda Daparte
PREFERIDAS
Juliano cresceu ouvindo Skank. Por isso, este sábado será especial. “É muito bacana. Meu pai também está curtindo muito tocar comigo”, conta. Ele chama a atenção para duas canções da banda de Samuel. “A mídia não costuma falar muito delas, mas acho que são iluminadas: A última guerra, do álbum Maquinarama, lançado em 2000, e As noites, do Cosmotron, de 2003. Gosto de outras pra caramba, mas estou sempre mostrando essas duas para quem não conhece a obra do Skank a fundo, pois vale muito a pena ouvi-las”, comenta.
Juliano garante que Samuel não interfere em seu trabalho. “Quando preciso, recorro a ele, claro, que é muito mais experiente e sabe dar conselhos. Em nosso disco de estreia, Charles, lançado em 2018, ele ajudou na produção da faixa O homem invisível. Na verdade, foi a única música que o chamamos para ajudar.”
Por enquanto, o guitarrista não pensa em convidar o pai para gravar com a Daparte. “A princípio não, pelo fato de ser filho dele e as pessoas associarem isso demais da conta. Associar a banda Daparte com Samuel Rosa é uma coisa que prefiro não fazer”, garante, satisfeito com os “toques” do pai em uma ou outra ocasião.
TECLADO
Os conselhos de Samuel vão de “esta música tá legal” a “pode baixar o teclado e aumentar a guitarra”, conta o guitarrista. A jovem banda mineira, formada por Juliano, Daniel Crase (bateria), Túlio Lima (baixo) e Bernardo Cipriano (teclados), aprendeu muito nesta pandemia. “Fizemos coisas legais, como nossas lives e um show no drive-in do mirante da Faculdade Milton Campos. Também aprendemos muito sobre gravação de discos”, diz Juliano Alvarenga.
SAMUEL ROSA E JULIANO ALVARENGA
Live neste sábado (26), às 17h. Transmissão pelo canal oficial de Samuel Rosa no YouTube.