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Estado de Minas Música

Podcast Discoteca Básica convida a ouvir álbuns históricos

Comandado pelo jornalista Ricardo Alexandre, da extinta revista 'Bizz', programa analisa obras-primas de Rita Lee, Neil Young, Santana e The Beach Boys


04/10/2020 04:00 - atualizado 04/10/2020 08:16

(foto: Catavento/reprodução)
(foto: Catavento/reprodução)

Ex-editor da Bizz, o jornalista Ricardo Alexandre ressuscitou a icônica seção da revista em formato podcast. Nasceu assim o Discoteca básica, cuja premissa é contar a história de álbuns que marcaram a música mundial e reacender o interesse em ouvir um disco inteiro, do início ao fim.

Alexandre convida o ouvinte a trocar o número de likes e seguidores de astros e estrelas na internet por um bate-papo sobre “a arte perdida de colocar um álbum para rodar, seja vinil, CD, seja o que for”. Vale até streaming, brinca o jornalista, no piloto de seu podcast. “Convido a mergulhar por 40 minutos numa obra de arte”, reforça.

No primeiro episódio, ele fala sobre a trajetória do álbum Pet sounds, da banda The Beach Boys, lançado em 1966. Considerado um fracasso na época do lançamento, o disco se tornou largamente aclamado no mundo da música. O programa dedicado a Pet sounds conta com a participação de Herbert Vianna, compositor e vocalista da banda Os Paralamas do Sucesso.

O segundo episódio de Discoteca básica analisa After the gold rush, lançado por Neil Young em 1970, e conta com a presença de Nando Reis, ex-Titãs.

No terceiro, Ricardo Alexandre esmiúça a história por trás de Abraxas (1970), disco de Santana, ao lado de Sergio Dias, guitarrista, cantor e compositor da banda Os Mutantes. Como o mexicano Carlos Santana, esse paulista trouxe nova sonoridade – latino-americana – para a cena do rock dos anos 1960/1970.

Lançado recentemente, o quarto episódio trata do disco Rita Lee (1980), responsável por transformar a cantora em ícone do pop-rock nacional. Esse programa conta com a participação do compositor Guilherme Arantes.

Criada em 1985, a Bizz foi uma publicação de grande destaque nas décadas de 1980 e 1990. Inspirada nas estrangeiras Rolling Stone, Smash Hits e New Musical Express, ela deixou de circular em 2001, retornando às bancas quatro anos depois. Em 2007, encerrou suas atividades definitivamente
Ao lado de outros jornalistas, Ricardo Alexandre foi um dos nomes de destaque da Bizz. Ele também é autor de Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal (Globo Livros), vencedor do prêmio Jabuti em 2010 na categoria Melhor biografia, e de Dias de luta (Arquipélago Editorial), que reconta a história do rock brasileiro na década de 1980.  


Discoteca Básica 



Ponha para tocar




PET SOUNDS (1966)
. The Beach Boys
Vendeu menos do que os outros 10 LPs da banda americana lançados até então. Só chegou a 1 milhão de exemplares 30 anos depois de lançado – na época, nem sequer saiu no Brasil. Posteriormente aclamado, foi considerado o álbum mais importante de todos os tempos em votação organizada pelo jornal The Times.


(foto: Reprise Records/reprodução)
(foto: Reprise Records/reprodução)


AFTER THE GOLD RUSH (1970)
. Neil Young
O terceiro álbum solo do cantor e cantor canadense combina acústico e elétrico para falar do fim do sonho hippie. A revista Rolling Stone incluiu este trabalho de Neil Young entre os 500 maiores discos de todos os tempos. Fruto da “geração Woodstock”, completa meio século em 2020.


(foto: Columbia Records/reprodução)
(foto: Columbia Records/reprodução)


ABRAXAS (1970)
. Santana 
O segundo álbum da banda liderada pelo guitarrista e compositor mexicano Carlos Santana aposta em mais lisergia, latinidade e africanidade do que o primeiro disco do grupo, Santana, lançado em 1969. A banda se destacou como a voz latina do rock psicodélico, levando novos e surpreendentes
ingredientes à cena dominada pela sonoridade anglo-saxônica.


(foto: Som Livre/reprodução)
(foto: Som Livre/reprodução)


RITA LEE (1980)
. Rita Lee
A faixa-título Lança perfume foi um “arrasa-quarteirão”. Tanto é que acabou “batizando” o álbum lançado em 1980. O disco de Rita Lee faz a ponte entre os pioneiros do rock nacional (a geração dos anos 1960, na qual Rita Lee despontou com Os Mutantes) e o pop-rock que estourou nas paradas brasileiras na década de 1980. O álbum vendeu mais de 1 milhão de unidades.


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