Jornal Estado de Minas

GASTRONOMIA

Circuito Gastronômico da Pampulha faz edição 2020 no formato delivery


Minas inspira escritores, abre o coração para poetas, leva seus tons à telas dos artistas e se transforma na mão dos escultores. Mas é na culinária, com influência europeia, africana e indígena, que o caldeirão cultural transborda em sabores, memórias, temperos e criatividade. 





Neste2020 em que o estado lembra os 300 anos de criação da Capitania de Minas, o Circuito Gastronômico da Pampulha (CGP), que começa nesta segunda-feira (5), homenageia as Gerais com pratos idealizados especialmente para a ocasião e trazendo novidades, até o próximo dia 31.

Devido à pandemia do novo coronavírus, o formato desta edição será delivery e envolve 11 restaurantes da região. Os clientes vão votar para eleger o melhor prato. Participam neste ano as seguintes casas: Amadís Bar e Restaurante, Anella Ristorante, Degraus Espaço Gastroculinário, Do Peixe, La Palma, Maria das Tranças, Paladino, Soul Jazz Burger, Tenka, Tudo na Brasa e Xapuri. 

Um dos organizadores do Circuito Gastronômico da Pampulha, o publicitário Felipe Risola afirma que a criatividade norteia esta décima primeira edição do evento, diante da série de desafios que este ano impõe. 





"Precisamos fazer adaptações para, além de homenagear Minas, continuar realizando o circuito gastronômico, abrir as casas e manter empregos", diz. Segundo Risola, embora alguns restaurantes não sejam especificamente de comida típica daqui, mas de temática italiana ou japonesa, o toque mineiro permeia o circuito. Estão lá, por exemplo, o tradicional queijo, a carne de porco e o peixe do Rio São Francisco. "Queremos convidar todo mundo para participar, degustar e votar no melhor prato."

SERRA DA CANASTRA 

Famoso nacionalmente, o queijo da Serra da Canastra, na Região Centro-Oeste de Minas, dá o tom no prato a ser servido pelo restaurante Paladino: o filé do Chef. "Estamos satisfeitos em celebrar o tricentenário da Capitania de Minas, que é o tema desta 'retomada', e cada um vai usar a criatividade para surpreender", diz o chef-proprietário do Paladino, Marcelo Haddad, também um dos organizadores do CGP.
Marcelo Haddad, do Paladino, um dos organizadores do Circuito Gastronômico da Pampulha (foto: Nereu Júnior/Divulgação)

Para dar água na boca, vai aí a descrição do prato: "Filé à parmegiana preparado com molho de tomates defumados no quintal, mix de queijo canastra do Vivaldo e muçarela, acompanhado de arroz e purê". Como se trata de delivery, os donos dos estabelecimentos tiveram que se adaptar ao formato sem perder o ritmo.





Conforme nota da organização do evento, "o CGP sempre mostrou, por meio da gastronomia, toda a riqueza de Minas, e colecionou grandes números: foram mais de 160 mil participantes, mais de 90 mil pratos consumidos e mais de R$ 5 milhões movimentados".

Foram estabelecidas parcerias entre os restaurantes e aplicativos de entrega. Algumas casas têm seu próprio aplicativo e os organizadores pedem que os interessados verifiquem datas e horários de disponibilidade de cada um. 

A programação completa do evento, que terá ainda lives transmitidas pelas redes sociais e outras ações, além de informações sobre os pratos, suas inspirações e ingredientes estão no site do evento.





MENU

Veja com que pratos os restaurantes participam do Circuito Gastronômico 
da Pampulha 2020

» Amadis Bar e Restaurante:
Mineirin do Amadis

» Anella Ristorante
Ravióli da Mantiqueira

» Degraus Espaço Gastroculinário
Muntá no Porco

» Do Peixe
Opará Rico

» La Palma
Gnocchi à Mineira

» Maria das Tranças
Frango ao Molho Pardo

» Paladino
Filé do Chef

» Soul Jazz
Manuel

» Tenka
Jeitinho Mineiro

» Tudo na Brasa
Mistão Tudo na Brasa

» Xapuri
Minas 300 anos dos tropeiros aos motoboys

* Os preços variam entre R$ 29 (Mineirin do Amadis; individual) e R$ 98 (Filé do chef; serve duas ou três pessoas, segundo o Paladino)

Saiba mais

TRICENTENÁRIO DE MINAS
Saborear um bom prato é tão bom quanto conhecer a história. Então, à mesa e aos livros! No século 17, os primeiros colonizadores chegam às minas em busca de ouro e pedras preciosas. Até o início do 18, a região fazia parte da Capitania do Rio de Janeiro. Em 1709, é criada a Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, em decorrência da Guerra dos Emboabas. Onze anos depois, a região de exploração do ouro se torna capitania - em 2 de dezembro de 1720, foi assinado o ato régio determinando a separação de Minas da Capitania de São Paulo. Assim, houve a autonomia política e administrativa de Minas.