A Academia Sueca anunciou, nesta quinta-feira (8), a poeta norte-americana Louise Glück como vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2020. A honraria foi a ela atribuída pela "voz poética inconfudível, com beleza austera, torna a existênci individual universal". A mais importante premiação da literatura mundial foi concedida 113 vezes a 117 ganhadores entre 1901 e 2020.
Leia Mais
Confira estreia de novos títulos na NetlfixPremiado espetáculo de Miguel Falabella ganha versão on-lineNomadland, da cineasta Chloé Zhao, é imersão no mundo dos nômades Segunda temporada de 'The spanish princess' mostra rainha desesperadaMary Del Priore diz que a brasileira é sobrevivente e guerreira'O chão sob meus pés' aborda o drama da mulher contemporâneaRodado na China, 'A despedida' tem tudo a ver com o Brasil
A poeta nasceu em Nova York, em 1943, mas cresceu em Long Island. É considerada uma das mais taletosas poetas contemporâneas dos Estados Unidos. A obra se caracteriza pela precisão técnica, sensibilidade e abordagem de temas como solidão, relações familiares, divórcio e morte.
Tais temas aparecem na retomada de mitos gregos e romanos, como Perséfone e Deméter, movimento esse que foi classificado pela poeta e estudiosa norte-americana Rosanna Warren como “gestos de classicização”. Warren destaca a capacidade de Glück distanciamento do eu lírico como sujeito e objeto de atenção. A obra de Gluck se caracteria pelo distanciamento do material subjetivo.
Glück publicou "Firstborn", (1968), "The house on marshland" (1975), "The garden" (1976), "Descending figure" (1980), "The triumph of Achilles" (1985) e "Ararat" (1990). O livro "The wild iris" foi ganhador do prêmio Pulitzerem 1993. O mais recente livro "Faithful and Virtuous Night" (2014) venceu o National Book Award e "Poems 1962-2012" (2012) ganhou o Los Angeles Times Book Prize.
A historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz destacou que a indicação foi uma surpresa, uma vez que, embora muito premiada nos Estados Unidos, a poeta é "pouco conhecida da crítica internacional". Destacou o esforço da Acadamia Sueca em equilibrar as indicações em termos de gênero. "Está também (e finalmente) tentando equilibrar os premiados por gênero, pois a desproporção é grande e reveladora", escreveu nas redes sociais. Ela lembrou que o desequilíbrio entre os laureados é gande, com a premiação de uma maioria de homens e brancos.