A leitura de Clarice Lispector foi indicada por Elena Ferrante em sua lista de escritoras preferidas, recomendando o romance A paixão segundo G.H. Os títulos da relação da autora da tetralogia A amiga genial, que vendeu mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo, foram publicados em inglês, mas muitos estão disponíveis em português.
Leia Mais
Samuel Rosa é o entrevistado do #Provoca: 'O medo não me paralisa''Live' do pianista Gabriel Oliveira terá audiodescriçãoFestival on-line e gratuito vai destacar a liberdade do jazzEm "As margens e o ditado", Elena Ferrante conta como encontrou seu estiloAlém de 'The Crown': obras mergulham no estranho mundo da família real britânicaAo lado delas estão escritoras de várias nacionalidades e diferentes épocas, como Marguerite Duras, Nadime Gordimer, Arundhati Roy, Sheila Heti, Shokoofeh Azar, Doris Lessing, Elfriede Jelinek, Alice Munro, Jhumpa Lahiri, Margaret Atwood e Natalia Ginzburg, entre muitas outras.
Elena Ferrante não explicou sua lista. Divulgou apenas uma frase misteriosa: “Histórias de mulheres com os dois pés, e às vezes um, no século 20”.
Um mistério – bem ao gosto de Clarice Lispector – intriga o mundo: quem é Helena Ferrante? A identidade da escritora jamais foi revelada. Especula-se que seria uma tradutora chamada Anita Raja, que trabalha na editora responsável pela publicação de sua obra.
Anita é mulher do autor italiano Domenico Starnone, o Nino. Na saga de Ferrante, há o personagem Nino Sarratore.
Em A paixão segundo G.H., livro lançado em 1964, Clarice Lispector conta a história da mulher que perde sua individualidade depois de um prosaico fato doméstico: o “assassinato”, por esmagamento, de uma barata que passeava na porta do guarda-roupa.
Classificado como “romance-enigma”, o livro explora com maestria os fluxos de consciência. A protagonista, aliás, é tão misteriosa quanto Elena Ferrante. Também não se sabe o nome dela, apenas as iniciais: G. H.
“Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser – se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele”, diz a personagem G. H.
AS PREFERIDAS
3 A paixão segundo G.H.
. De Clarice Lispector
Léxico familiar
. De Natalia Ginzburg
Intérprete de males
. De Jhumpa Lahiri
O deus das pequenas coisas
. De Arundhati Roy
O amante
. De Marguerite Duras
Americanah
. De Chimamanda Ngozi Adichie
O assassino cego
. De Margaret Atwood
Manual da faxineira
. De Lucia Berlin
Esboço
. De Rachel Cusk
A pianista
. De Elfriede Jelinek
Destinos e fúrias
. De Lauren Groff
Maternidade
. De Sheila Heti
O quinto filho
. De Doris Lessing
Arquivo das crianças perdidas
. De Valeria Luiselli
O baile
. De Irene Nemirovsky
Um bom homem é difícil de encontrar
. De Flannery O’Connor
O sino
. De Iris Murdoch
Vida querida
. De Alice Munro
Blonde
. De Joyce Carol Oates
A Ilha de Arturo
. De Elsa Morante
Acabadora
. De Michela Murgia
Amada
. De Toni Morrison
Gilead
. De Marylinne Robinson
Pessoas normais
. De Sally Rooney
Memórias de Adriano
. De Marguerite Yourcenar
Uma vida pequena
. De Hanya Yanagihara
The enlightenment of the greengage tree
. De Shokoofeh Azar