“Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, está fora do Oscar. O filme brasileiro mais celebrado dos últimos anos tentava uma indicação nas categorias principais da premiação da Academia de Ciências Cinematográficas de Hollywood.
Ainda que o filme tenha estreado no Brasil em agosto de 2019, ele se tornou elegível porque chegou aos cinemas americanos em 6 de março de 2020, pouco antes do início da pandemia.
"Bacurau" percorreu uma longa estrada desde que debutou no Festival de Cannes há quase dois anos, quando dividiu o prêmio do júri com o francês "Os Miseráveis".
De lá para cá, acumulou outros troféus e indicações a premiações importantes — está indicado a melhor filme estrangeiro do Spirit Awards, de cinema independente, cuja cerimônia de premiação será três dias antes do Oscar.
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O Brasil nunca ganhou um Oscar, mas tem uma história de indicações. A primeira participação brasileira foi em 1945, quando a música “Rio de Janeiro”, de Ary Barroso, concorreu a melhor canção pelo filme americano “Brasil”.
A categoria filme internacional foi criada em 1957 e quatro longas entraram nela: “O pagador de promessas” (1963), “O quatrilho” (1996), “O que é isso, companheiro?” (1998), e “Central do Brasil” (1999), que também recebeu indicação de melhor atriz para Fernanda Montenegro.
Já a categoria documentário teve cinco participações brasileiras, algumas delas coproduções com outros países: “Raoni” (1979), “El Salvador: Another Vietnam” (1982), “Lixo extraordinário” (2001), “O sal da terra” (2015), e “Democracia em vertigem” (2020).
Também em 2001 o curta “Uma história de futebol” concorreu ao prêmio da Academia. Em 2004, o curta de animação “Aventura perdida de Scrat”, produção americana dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, foi indicado. Um feito foi o longa de animação “O menino e o mundo” estar na lista dos cinco indicados do Oscar de 2016.