Os bailarinos Marlene Silva e Henry Netto serão homenageados nesta quarta e quinta-feiras (17/3 e 18/3) com a realização da iniciativa “Rede in Dança 2 – Os mestres dançam – Edição póstuma”, promovida pela Rede Sola de Dança em seu canal no YouTube, a partir das 20h.
Convidados irão relembrar o trabalho de Marlene, que morreu de infarto, aos 83 anos, em abril passado; e de Henry, vítima de câncer, aos 46, em julho. O público poderá enviar vídeos de homenagem, via Instagram (@redeindanca).
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A primeira edição do projeto “Os mestres dançam” foi realizada em 2017, no Sesc Palladium. A manutenção da proposta no contexto da pandemia do novo coronavírus tem dois significados para Priscila Patta.
“A primeira coisa é a gente acessar um direito, que é a Lei Aldir Blanc, que foi uma demanda pública, uma mobilização da classe artística, um direito que conquistamos e, portanto, devemos acessar”, aponta ela.
Outro aspecto que a bailarina destaca é o de “falar e honrar a presença desses mestres, de figuras que fizeram parte da nossa formação como artistas. Isso é falar de memória e, sem memória, a gente não caminha para lugar nenhum. Queremos fazer as pessoas se conectarem. Como já dizia Arnaldo Alvarenga, a arte devia ser item de cesta básica”.
A live sobre Marlene Silva ocorre nesta quarta-feira (17/3), com a participação de Jonathan Artur Canito (neto da homenageada), e dos coreógrafos Evandro Passos e Julia Bertolino.
Bailarina, coreógrafa, pesquisadora e professora, Marlene foi precursora da dança afro em Minas Gerais. Ela desenvolveu um trabalho voltado à identidade cultural ao incorporar as raízes africanas em sua dança.
Na quinta-feira (18/3), participam da live em homenagem a Henry Netto os bailarinos Jonathan Lanna e Jordana Fantini. Neto se dedicou à dança do ventre e tornou-se referência por ter quebrado o tabu da presença masculina na modalidade.
“Eles fazem uma construção bastante consistente durante a carreira, do ponto de vista da excelência técnica, por ter estudado muito, e do ponto de vista da história das danças. É de uma relevância enorme para a dança o legado dessas duas figuras”, comenta Priscila Patta.
*Estagiário sob supervisão da editora Silvana Arantes