Patrimônio imaterial que fomenta a economia de Mariana, Região Central de Minas Gerais, o modo de fabricação da panela de pedra sabão, no distrito de Cachoeira do Brumado, tem sofrido perdas financeiras devido à pandemia da COVID-19. A classe de artistas e trabalhadores recebeu um motivo para comemorar no dia Mundial do Artesão, nesta sexta-feira (19/03), com a criação do auxílio emergencial na cidade por meio da Lei Manoel Costa Ataíde.
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Secretaria de Cultura localiza homem que derrubou estátua de Murilo RubiãoVacina brasileira: pesquisadores da UFMG avançam para testes com macacosNa onda roxa, prefeitura de Mariana cobra respeito da população às regrasProjeto fomenta ações culturais para pessoas com deficiênciaDecreto prorroga auxílio emergencial para trabalhadores da cultura“A loja ficou fechada por oito meses, abri por dois meses, mas tive que fechar de novo. Achei muito interessante esse auxílio para a nossa classe porque não tivemos nada nos amparasse de verdade. Fiquei praticamente um ano sem trabalhar direito”, conta.
Com nome dado ao artista marianense mais famoso no mundo, a Lei Manoel Costa Ataíde foi criada pela Prefeitura de Mariana por meio da Secretaria de Cultura, Patrimônio Histórico, Turismo e Lazer.
Ela tem como objetivo apoiar, por meio de auxílio emergencial, profissionais autônomos, microempreendedores individuais, espaços culturais, artísticos e turísticos, bem como microempresas, pequenas empresas e organizações culturais e turísticas que tiveram ou vierem a ter as atividades interrompidas, suspensas ou impossibilitadas pela pandemia.
Ela tem como objetivo apoiar, por meio de auxílio emergencial, profissionais autônomos, microempreendedores individuais, espaços culturais, artísticos e turísticos, bem como microempresas, pequenas empresas e organizações culturais e turísticas que tiveram ou vierem a ter as atividades interrompidas, suspensas ou impossibilitadas pela pandemia.
Professora de música e dona de uma escola na cidade, Neila Ferreira conta que ela e os outros dois professores se sentem muito perdidos durante esse ano de pandemia e que, com as atividades culturais interrompidas, o auxílio financeiro vem em boa hora, no momento mais crítico da onda roxa.
“Perdemos quase 70% dos alunos. A cultura foi a primeira atividade retirada, acredito que as pessoas enxergam a cultura como algo não essencial, veem a música como um hobbie. Tivemos que reinventar dando aulas on-line e fomos surpreendidos com a adesão e o reconhecimento dos alunos sobre a importância da arte. Agora com o auxílio, a situação vai melhorar”, conta.
Quem pode se inscrever
Além dos artesãos e músicos de Mariana, a Lei Manoel Costa Ataíde vai dar apoio aos artistas da literatura, cultura popular, artes cênicas, audiovisual, fotografia e artes plásticas.
Para concessão do auxílio financeiro, os proponentes deverão apresentar proposta de contrapartida, que deve ser executada em conformidade com as medidas vigentes de enfrentamento à COVID-19.
Para concessão do auxílio financeiro, os proponentes deverão apresentar proposta de contrapartida, que deve ser executada em conformidade com as medidas vigentes de enfrentamento à COVID-19.
Com a proposta aprovada, o artista do segmento turístico e cultural vai receber três parcelas de R$ 1 mil e a pessoa jurídica vai receber três parcelas de R$ 1,2 mil.
Cada requerente poderá enviar apenas uma proposta. No caso de mais de uma proposta apresentada, será considerada válida apenas a primeira cadastrada.
Cada requerente poderá enviar apenas uma proposta. No caso de mais de uma proposta apresentada, será considerada válida apenas a primeira cadastrada.
De acordo com a Prefeitura de Mariana, estão sendo esperadas cerca de 500 propostas, o cálculo foi feito segundo o número de cadastrados em 2020 na Lei Aldir Blanc, que teve 440 artistas inscritos.
De acordo com o prefeito Juliano Gonçalves, a lei é uma valorização à categoria que vem sofrendo muito com a pandemia em que muitos perderam a oportunidade de emprego e trabalho.
“Essa é uma primeira medida e outras virão para a valorização do nosso comércio local”, afirma.
“Essa é uma primeira medida e outras virão para a valorização do nosso comércio local”, afirma.