Tem início nesta quinta (8/4) a mostra '9 e meio Zula!', que antecipa a comemoração dos 10 anos da Zula Cia. de Teatro. A programação, gratuita e on-line, vai até 25 de abril e abrange não só a transmissão dos espetáculos do grupo, como também oficinas, workshop e um congresso.
É a montagem mais recente da companhia que abre a temporada. Lançada há dois anos, “Banho de sol” nasceu da experiência que Talita Braga, fundadora da Zula, teve ao lado de outras atrizes em presídios mineiros. Entre 2016 e 2017, o grupo ofereceu aulas de teatro para mulheres privadas de liberdade. A peça, que trata do encarceramento feminino, foi adaptada para ser apresentada de forma remota. A sessão virtual será comentada.
As outras peças do grupo estão na programação, também em apresentações ao vivo: “Mamá” (15/4) e “As rosas no jardim de Zula” (22/4). A mostra segue com o congresso “A arte como possibilidade de liberdade” que, de sexta a domingo (9 a 11/4), vai discutir arte-educação.
Nas próximas semanas ocorrerão dois encontros on-line. “Mãe, mulher?” (16 a 18/4) vai falar sobre a pesquisa realizada para a construção do espetáculo “Mamá”, que trata da maternidade. Já o encontro “Teatro documentário e biodrama” (23 a 25/4) trata o processo que culminou na montagem “As rosas no jardim de Zula”.
A Zula Cia. de Teatro nasceu em 2011, a partir da apresentação da cena “As rosas no jardim de Zula”, realizada pelas atrizes Talita Braga e Andréia Quaresma, no Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto. Vencedora do festival, a cena circulou por algumas cidades, sendo premiada também em Goiânia, Manaus e Curitiba.
Hoje um quarteto, a companhia conta ainda com o ator e diretor Cristiano Araújo e com André Veloso, responsável pela parte visual dos espetáculos. Tendo o universo feminino como fonte principal de sua pesquisa, a companhia tirou seu nome de Maria Zulmar Murta Braga, a Zula, avó de Talita.
PROSTITUIÇÃO
O espetáculo de estreia, nascido como uma cena curta, foi dirigido por Cida Falabela. A vida de Rosângela, a mãe de Talita, foi o ponto de partida desse trabalho. Na narrativa, uma mulher casada, com filhos, abandona a vida que tinha para viver na rua, onde encontra também o universo da prostituição.
Depois da maratona virtual, a Zula vai aguardar até que seja possível fazer uma mostra presencial para celebrar, como se deve, sua primeira década.
MOSTRA 9 E MEIO ZULA!
Desta quinta (8/4) a 25/4. Os espetáculos serão transmitidos sempre às 20h, no canal da Zula no YouTube: “Banho de sol” (8/4), “Mamá!” (15/4) e “As rosas no jardim de Zula” (22/4). Para participar de congresso e workshops é necessário inscrição no site da companhia. Todas as atividades são gratuitas.
Busca pelo lúdico em tempos de COVID
“A genealogia celeste de uma dança”, monólogo com o ator Luciano Chirolli, com direção de Bruno Kott e texto de Juliana Leite, cumpre temporada on-line até 28 de abril. A peça se passa um mês após o início da quarentena no Brasil. No auge do isolamento social, com as ruas de São Paulo em silêncio, o céu se transformou em um grande quadro colorido de rosa, lilás, e azul.
Em 14 de abril de 2020, as pessoas registraram, de suas casas, o momento único. A partir desse acontecimento, o texto surgiu como reconexão da humanidade com o lúdico. Foi também a maneira como Chirolli, ator e direção, buscou uma direção com o futuro após a morte de sua parceira de 25 anos, a atriz Maria Alice Vergueiro. A montagem tem sessões às segundas, terças e quartas, às 20h, com retirada gratuita de ingressos pelo site do Sympla.
Em 14 de abril de 2020, as pessoas registraram, de suas casas, o momento único. A partir desse acontecimento, o texto surgiu como reconexão da humanidade com o lúdico. Foi também a maneira como Chirolli, ator e direção, buscou uma direção com o futuro após a morte de sua parceira de 25 anos, a atriz Maria Alice Vergueiro. A montagem tem sessões às segundas, terças e quartas, às 20h, com retirada gratuita de ingressos pelo site do Sympla.