A premiação do Oscar percorreu um longo caminho desde o desastre para sua imagem de 2015, quando todas as 20 indicações para categorias de atuação foram para artistas brancos — levando ao surgimento e viralização da hashgtag #OscarsSoWhite (algo como "O Oscar é tão branco").
A reação nas mídias sociais parece ter feito a organização olhar mais para si, e o conjunto de indicados para o prêmio chega a 2021 mais diverso do que nunca.
Mas as nomeações não são tudo: afinal, o Oscar tem a ver com vencer. Confira as indicações que podem fazer da premiação deste ano uma edição histórica no compromisso com a diversidade.
Melhor diretor(a)
Chloé Zhao pode ser a primeira mulher não branca a receber o prêmio de melhor diretora.
A cineasta chinesa radicada nos Estados Unidos foi indicada por seu trabalho em Nomadland, a história de uma mulher que partiu para uma viagem pelo oeste americano depois de perder o emprego por conta da crise financeira de 2008.
Considerando apenas a questão de gênero, Zhao seria a segunda mulher a levar para casa a estatueta de melhor direção em 92 anos de prêmio.
Kathryn Bigelow foi a primeira a representar esse marco, em 2010, por seu drama Guerra ao Terror.
Melhor... em muitas coisas
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O primeiro a fazê-lo foi Walt Disney, com seu recorde de quatro Oscars em 1954 — de melhor curta de animação; melhor documentário de longa-metragem; melhor documentário de curta-metragem; e melhor curta em duas bobinas.
A conquista de Zhao seria considerada ainda maior, já que suas vitórias seriam em categorias mais prestigiadas.
Melhor filme
Zhao é acompanhada por outras mulheres na concorrência por grandes prêmios.
A atriz e escritora britânica Emerald Fennell foi indicada para melhor filme, melhor direção e melhor roteiro original pelo filme Bela Vingança — uma comédia ácida sobre uma estudante de medicina de 30 anos que abandonou a faculdade em busca de vingança.
Se ela ganhar os três prêmios, será a primeira mulher a receber o que são indiscutivelmente os três maiores oscars pelo trabalho por trás das câmeras.
Outra equipe que fez história para o prêmio são os produtores Shaka King, Charles D King e Ryan Coogler — que estão por trás do filme Judas e o Messias Negro.
Se vencerem, serão a primeira equipe de produção totalmente negra a conquistar o título nessa categoria.
Melhor ator
Este ano também marca a primeira vez que um ator muçulmano foi indicado ao prêmio de melhor ator.
Riz Ahmed está concorrendo ao prêmio por seu trabalho interpretando um baterista com perda auditiva no filme O som do silêncio.
Em 2017, Mahershala Ali já havia se tornado o primeiro ator muçulmano a ganhar a categoria de melhor coadjuvante, por seu papel em Moonlight. Dois anos depois, ele repetiu a conquista, por sua atuação como um pianista em Green Book.
Na competição deste ano como melhor ator, Riz Ahmed enfrenta outro ator britânico, que também representaria um marco.
Como a grande maioria dos vencedores da categoria, Anthony Hopkins é branco. Mas, aos 83, ele se tornaria o vencedor mais velho do prêmio por seu papel em Meu pai.
Oito vezes de azar?
Enquanto isso, outra estrela veterana espera... não bater um recorde no Oscar deste ano.
A atriz americana Glenn Close foi indicada na categoria de atuação pela oitava vez — mas em todas as sete ocasiões anteriores, ela foi para casa de mãos vazias.
Ela agora está na triste posição de bater seu próprio recorde de mais indicações não vencidas, podendo se igualar ao recorde masculino, cujo titular é Peter O'Toole.
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