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Estado de Minas ABORDAGEM FILOSÓFICA

Inédita na TV aberta, série sobre Allan Kardec estreia nesta quinta

'Em Busca de Kardec' traz abordagem filosófica sobre as pesquisas do educador francês no século 19, que influenciaram o pensamento e a doutrina espírita


29/04/2021 04:00 - atualizado 29/04/2021 08:43

(foto: TV CULTURA/DIVULGAÇÃO)
Inédita na TV aberta, a série “Em busca de Kardec”, estreia nesta quinta-feira (29/4), a partir das 23h, na TV Cultura. Dividida em oito episódios, a experiência documentada por Karim Akadiri Soumaïla, cineasta francês radicado no Brasil, traz uma abordagem filosófica em relação às pesquisas do educador francês, que foram divulgadas na França no século 19 e influenciaram o pensamento da época antes de se tornar circunscritas à religião espírita.

Na produção, Soumaïla – que é protagonista, diretor e roteirista do seriado – ressignifica o luto pela perda repentina de sua filha, Ifa, buscando um caminho espiritual. A história do personagem-narrador percorre a França, Suíça e Brasil e se entrelaça com entrevistados, historiadores, sociólogos, antropólogos, adeptos, lideranças e médiuns.

Em Paris, o cineasta descobre o interesse do poeta Victor Hugo pelas mesas girantes no século 19, após a morte da filha Léopoldine. Inicia sua caminhada no cemitério parisiense Père Lachaise, e vai conhecendo a fisionomia do fundador do espiritismo e de sua personalidade de educador, cujo nome de fato era Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869).

Já no Brasil, Soumaïla conhece o legado dos kardecistas, entre eles o médium Chico Xavier. Constata divergências entre diferentes correntes no país. O francês ainda dialoga com estudiosos do sincretismo afro-brasileiro, do candomblé e da umbanda para entender o enraizamento das filosofias pós-morte no país.

No episódio final, Karim Akadiri Soumaïla se depara com cartas e manuscritos de Allan Kardec, localizados em São Paulo. O acervo, que lança luzes sobre os primórdios do espiritismo, passa por digitalização e tradução para o português. O pesquisador paulista Silvino Canuto de Abreu (1892-1980) adquiriu esses manuscritos antes da Segunda Guerra Mundial, salvando-os dos nazistas que invadiram Paris. Os materiais estão sob tutela da Fundação Espírita André Luiz (Feal).



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