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Estado de Minas AUDIOVISUAL

Pop, kitsch e elegante ao mesmo tempo, 'Cruella' é diversão garantida

Com Emma Stone e Emma Thompson, novo longa aborda a história não contada da personagem famosa de '101 Dálmatas'


27/05/2021 04:00 - atualizado 27/05/2021 07:00

Emma Stone como Cruella, junto com os amigos Jasper (Joel Fry) e Horace (Paul Walter Hauser), com quem pratica roubos em Londres, nos anos 1970 (foto: DISNEY/DIVULGAÇÃO)
Emma Stone como Cruella, junto com os amigos Jasper (Joel Fry) e Horace (Paul Walter Hauser), com quem pratica roubos em Londres, nos anos 1970 (foto: DISNEY/DIVULGAÇÃO)

No mundo ideal, “Cruella” é daqueles filmes para serem assistidos com sala cheia e ruidosa, de preferência acompanhado de um saco de pipoca. No mundo possível, a nova produção Disney estreia nesta quinta (27/5), nas cidades onde há cinemas abertos (ou seja, não em Belo Horizonte), e na sexta (28/5) na plataforma Disney+ (para o lançamento no streaming é cobrado um valor à parte da mensalidade).

Assim como em “Malévola” (2014), o filme aborda as origens da personagem. Mas, ao contrário do longa estrelado por Angelina Jolie, voltado ao público infantil, “Cruella” tem potencial para atingir um espectador mais adulto, dadas suas referências pop. O que se vê na tela não está em livro (a personagem “nasceu” em 1956, em “101 dálmatas”, da escritora inglesa Dodie Smith) nem em filme algum. 

E é aí que reside o melhor. Com o poder de criar uma história quase a partir do zero, o diretor australiano Craig Gillespie (do ótimo “Eu, Tonya”, de 2017, que deu um Oscar de atriz coadjuvante a Allison Janney) criou um conto de fadas punk.

A Cruella de Vil que conhecemos é uma mulher madura. “Cruella”, por seu lado, nos apresenta Estella (Tipper Seifert-Cleveland), uma garota que vive com a mãe no interior da Inglaterra, nos anos 1960. Desde que nasceu, com metade dos cabelos negros e a outra metade brancos, ela sabia que era diferente. Quando se enfurecia, Estella se tornava Cruella. Geniosa e genial em igual proporção quando criança, à medida que cresce ela continua fazendo com que seus dois lados vivam em aparente harmonia. 

Jovem, agora interpretada por Emma Stone, vivendo órfã na Londres dos anos 1970, encontra nos amigos Jasper (Joel Fry) e Horace (Paul Walter Hauser) os parceiros perfeitos para pequenos golpes – dois cachorros são os companheiros ideais dos roubos que os sustentam. Nesse momento, ela deixa o passado para trás, pinta os cabelos e abandona o lado Cruella.

MODA 
Tudo muda quando Estella conhece a mulher que sempre admirou, a baronesa Von Hellman (Emma Thompson), uma lenda do mundo fashion, uma pessoa dominadora, má e egoísta, mas que logo percebe o talento da jovem.

Adiantar mais da história não é o caso. O importante, mais do que a própria narrativa, são os caminhos que ela percorre. No momento inicial, a interação entre a baronesa e Estella é muito semelhante à relação de Miranda Priestly (Meryl Streep) e Andy Sachs (Anne Hathaway) em “O diabo veste Prada” (2006).

Só que o exagero da interpretação de Thompson (magérrima, elegantérrima, terrível com seus três guarda-costas, dálmatas prontos para o ataque) permite mais graça à personagem. Há muita referência da época em jogo, de Ziggy Stardust a Vivienne Westwood. Tudo é over, kitsch e chique ao mesmo tempo. As sequências são rápidas, muitas foram rodadas como uma montanha-russa de imagens.

A trama, que vai num crescendo, consegue unir os nós na parte final, fazendo com que Estella/Cruella entenda sua origem. Deixa claro que a Disney está de portas abertas para uma sequência.

Contornando a trama, há uma trilha sonora impagável. Além da canção feita para o filme, “Call me Cruella”, de Florence The Machine, apresentada no final, como um epílogo, cada passagem da história é embalada por hits do período. A seleção inclui The Doors (“Five to one”), Nina Simone (“Feeling good”), Ike & Tina Turner (“Whole lotta love”), The Stooges (“I wanna be your dog”). É para assistir com a televisão no volume máximo, avise logo aos vizinhos.

CRUELLA
Estreia nesta sexta (28/5), na Disney . O filme será vendido por R$ 69,90 para assinantes da plataforma.


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