Jornal Estado de Minas

Morre o cineasta mineiro Paulo Thiago

Morreu na madrugada deste sábado (5/6) de parada cardíaca em consequência de uma doença hematológica o cineasta mineiro Paulo Thiago. Ele tinha 75 anos e estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, desde 7 de maio.




 
Nascido em Aimorés, no Vale do Rio Doce, Thiago dirigiu longas importantes como “Vagas para moças de fino trato” (1993), “Policarpo Quaresma, herói do Brasil” (1997), “Orquestra dos meninos” (2008), “Jorge, um brasileiro” (1989) e "Sagarana, o Duemaiolo" (1974), que foi o representante do Brasil na Competição Oficial do Festival de Berlim. 
 
Foi também atuante em obras de outros cineastas que marcaram o início dos anos 1980, produzindo os longas “O bom burguês” (1982), de Oswaldo Caldeira; “Beijo na boca” (1981), de Paulo Sérgio Almeida; e “Engraçadinha” (1981), de Haroldo Marinho Barbosa.
 
Paulo Thiago foi um homem do cinema, respeitado e ouvido pelos colegas, participando intensamente do movimento em prol do crescimento dessa arte no país. Foi Presidente do Sindicato da Indústria Cinematográfica e Audiovisual do Rio de Janeiro (SICAV) e da Associação Brasileira de Produtores Cinematográficos, e um dos fundadores da Associação Brasileira dos Cineastas.




 
Também esteve envolvido com a adaptação para o cinema de livros e peças importantes como “Policarpo Quaresma” de Lima Barreto. Aos 23 anos, interessado na arte da escrita, ouve do escritor Antônio Callado que “romance é arte para depois dos 40”. Acaba seguindo o conselho e lança seu primeiro livro, “Cassino de Sevilha”, depois dos 50. 
 
Era casado com a produtora Gláucia Camargos e pai de Pedro Antônio, também cineasta e Paulo Francisco,músico. Paulo Thiago será velado hoje somente por familiares.

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