Marisa Monte anunciou em suas redes sociais seu novo projeto musical. Ela planejava gravar um novo álbum antes da pandemia de COVID-19. Em maio de 2019, após nova pausa do grupo Tribalistas, Marisa anunciou que entraria "em um período de trabalhos internos" e ficaria "invisível por um tempo".
Comentou, ainda, que iria cuidar do jardim e voltar com "um buquê maravilhoso" para o público. Tudo indica que o plantio foi bom e a colheita ocorreu, originando um disco que deve ter o nome de “Portas”, segundo ela deu a entender em sua publicação. "Nada melhor do que o silêncio para sentir, pensar e fazer música", ela diz no vídeo publicado em seu Instagram.
"No início do ano de 2020, eu tinha muitas músicas prontas e o meu plano era, em maio, entrar no estúdio para começar a gravar um novo álbum. Seria o meu primeiro disco solo de inéditas em quase 10 anos", contou.
No entanto, o surto do novo coronavírus encheu o mundo de incertezas e, segundo ela, ficou difícil fazer planos. "Foi quando um amigo meu me disse que a vida tem seu próprio GPS e que toda vez que a gente perde uma oportunidade, começa logo a recalcular a rota em busca da próxima saída."
Desde a publicação sobre a pausa até agora, Marisa Monte não esteve completamente fora de vista. Em junho do ano passado, a cantora lançou a terceira fase do projeto Cinephonia, que deixa disponível nas plataformas de streaming 30 canções gravadas por ela e que até então só estavam registradas em vídeo, em formato VHS e DVD.
No material distribuído para a imprensa na ocasião, ela comentou que todas as canções selecionadas para o projeto fazem parte "de trilhas sonoras dos meus registros audiovisuais, mas que não estavam disponíveis em áudio streaming".
Essa grande compilação é resultado de quatro anos de pesquisas da cantora e compositora, em parceria, desta vez, com arquivistas, biblioteconomistas, pesquisadores, restauradores de áudio e vídeo, técnicos em informática.