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Estado de Minas MÚSICA

Joni Mitchell celebra o legado de 'Blue', disco que entrou para a história

A canadense inovou, há 50 anos, ao provar ao mundo que as mulheres têm o seu próprio jeito de cantar o amor, influenciando Lorde e Lana Del Rey


01/07/2021 04:00 - atualizado 01/07/2021 08:03

A cantora Joni Mitchell lançou EP para comemorar os 50 anos do disco 'Blue' (foto: David McNew/AFP/11/10/14)
A cantora Joni Mitchell lançou EP para comemorar os 50 anos do disco 'Blue' (foto: David McNew/AFP/11/10/14)


Os Estados Unidos se aquietavam após a onda avassaladora dos Beatles (e dos anos 1960) quando Joni Mitchell formou sua comunidade de músicos em Laurel Canyon, na Califórnia
 
O cotidiano daquela vizinhança, que incluía David Crosby, Graham Nash, Neil Young e outros nomes lendários, já havia inspirado seu terceiro álbum de estúdio, “Ladies of the canyon”, lançado em 1970. Mas foi no ano seguinte, com “Blue”, que Mitchell sintetizou à excelência a calmaria hippie do momento e do local, se consagrando como uma das maiores compositoras vivas e alcançando outro patamar de aclamação da crítica.
Para celebrar o disco, que completou 50 anos em maio, a cantora lançou EP com cinco faixas que vão de demos (é o caso das clássicas “California” e “A case of you”) a gravações raras quase inéditas, como “Urge for going” acompanhada de cordas e “Hunter”, que havia sido lançada apenas em um álbum beneficente do Greenpeace.

VERSÃO O lançamento traz uma versão prévia de “A case of you” com versos e tom diferentes, gravada antes de Mitchell desajustar a afinação de seu violão para, segundo ela, “transmitir sentimentos com mais fidelidade”. É mais parecida com a versão final, embora menos polida, a demo da faixa seguinte, “California”, na qual Mitchell lamenta a falta dos amigos de Laurel Canyon durante uma viagem à França -– “é tão solitário andar na rua e vê-la cheia de estranhos”.
 
Considerado pela “Rolling Stone” como o terceiro melhor álbum de todos os tempos, “Blue” impressionou à época por mostrar uma artista no auge de seu lirismo, com letras profundamente honestas e reveladoras. Ao desnudar seus relacionamentos em faixas como “My old man” e “The last time I saw Richard”, Mitchell subvertia o paradigma das canções feitas por mulheres. Os homens eram problemáticos em vez de superiores, frágeis em vez de porto seguro, e, sobretudo, o motivo de sua tristeza, ou blues.
 
Cinquenta anos depois, o legado do disco está por toda parte. Lorde cita “Blue” como uma de suas inspirações para “Melodrama”. Lana Del Rey toma emprestadas as “Vogues e Rolling Stones” de “California” para sua própria faixa de mesmo título, e incluiu um cover de Joni em seu último álbum. Taylor Swift é outra fã declarada da canadense.
 
Até Clairo, de 22 anos e estilo voltado ao bedroom pop, cita Joni Mitchell como conselheira amorosa em uma de suas canções, mostrando que a influência de “Blue” alcança a geração mais jovem. (Estadão Conteúdo)



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