Lançamentos de livros, contação de histórias, bate-papos, palestras e shows dão o tom da segunda edição da Feira do Livro de Juiz de Fora (Flijuf), na Zona da Mata mineira, que começa nesta terça-feira (13/7).
A abertura oficial será feita pelo ator Paulo Betti, às 19h, que falará sobre sua trajetória profissional e a importância da cultura televisiva na vida dos brasileiros.
Em ato de resistência, a overdose cultural em quatro dias de programação acontece de forma remota, com cerca de 24 palestrantes, no canal do evento no YouTube e no Instagram.
Nesta última rede social, o público também confere a programação completa da feira. Apesar da abertura oficial, algumas atividades culturais já tiveram início nesta manhã.
Nesta última rede social, o público também confere a programação completa da feira. Apesar da abertura oficial, algumas atividades culturais já tiveram início nesta manhã.
As crianças, em especial, terão um espaço virtual exclusivo. Nesse sentido, a programação conta com diversos autores infantis que vão garantir um universo lúdico para a feira.
Conforme a organizadora da iniciativa, Priscilla Thevenet, a ideia de realização em modo on-line surgiu por meio da demanda do próprio público e das pessoas que integram o movimento das artes.
“Os artistas, os livreiros e o público em geral sentiam a falta de eventos culturais. A gente (a organização do evento), diante de um cenário pandêmico, pensou: por que não trazer esse alívio para as pessoas por meio da arte de forma remota?”, explica Priscila em conversa com o Estado de Minas.
Em 2019, a organização estimou 20 mil pessoas em quatro dias de programação na Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Este ano, pela facilidade do acesso remoto, a expectativa de público é maior do que a primeira edição do evento.
A Flijuf era pra ter acontecido em 2020, mas teve que ser adiada em decorrência da pandemia de COVID-19.
A Flijuf era pra ter acontecido em 2020, mas teve que ser adiada em decorrência da pandemia de COVID-19.
Rico, o embaixador do surfe
Uma das participações da noite de abertura será o surfista carioca Rico de Souza, que promete abrir o baú de memórias, a partir das 18h, e contar histórias inéditas dos bastidores dos campeonatos que participou.
O bate-papo – que será embalado pelo livro “Rico, o embaixador do surfe: a biografia” – contará com a participação do jornalista Diogo Mourão, especialista no esporte, com larga experiência na profissão e passagens por veículos como os jornais O Globo e Lance. Atualmente, ele assina a coluna "Origem Surf", da Folha de São Paulo.
A obra, que norteará a conversa com o público, conta com prefácio de Pedro Bial, orelha de Evandro Mesquita e redação final de João Marcelo Garcez.
"No Fundo do Rio"
Recém-saído do forno, o romance de 240 páginas intitulado "No Fundo do Rio", do jornalista e psicanalista Paulo Stucchi, também será apresentado no penúltimo dia do evento, às 20h.
Radicado em São Paulo, o autor de “A filha do Reich”, obra finalista do Prêmio Jabuti 2020, aborda em sua mais recente publicação a lenda do boto-cor-de-rosa e passeia pelos vestígios do Terceiro Reich na Amazônia.
Artistas locais
O músico juiz-forano Thiago Miranda é um dos que integram o time de artistas locais que também batem ponto no evento. O cantor fará show on-line na quarta-feira (14/7), às 20h.
Na cena artística desde 2004, Thiago foi pré-selecionado, com seu primeiro disco “Música e palavras”, para a 26ª edição do Prêmio da Música Brasileira.
Já o segundo trabalho – “Samba pra elas” – garantiu ao músico uma indicação na 29ª edição do mesmo prêmio, em 2018, na categoria Melhor Cantor de Samba, ao lado de Diogo Nogueira e Criolo.
Um de seus últimos trabalhos é uma releitura do clássico "Retalhos de cetim", de Benito Di Paula.
O desembargador e o cineasta
No segundo dia de evento, o cineasta, documentarista e professor da PUC-Rio Silvio Tendler – que tem mais de 60 filmes lançados – falará sobre sua obra chamada “Catálogo Indisciplinado de Silvio Tendler”, que traz um registro de toda sua filmografia ilustrada e comentada pelo historiador José Carlos Sebe Bom Meihy.
O desembargador aposentado, professor da UERJ e advogado Gustavo Grandinetti também participa desse bate-papo com seu livro “Romances no trem da história”. O livro percorre três épocas, em quatro países, por meio de dois personagens principais com seus encontros e desencontros.
A feira trará muitos outros nomes de peso. Um deles é Rosângela Rossi. Ela é educadora, psicoterapeuta, psicopedagoga, pesquisadora e comunicadora há mais de 25 anos e baterá um papo com o público dentro da temática “A literatura no cuidar do ser.”
Já o jornalista Rodrigo Capelo falará sobre seu livro “O Futebol Como Ele É”. Na obra, o autor investiga e explica fatores que não conseguimos enxergar quando olhamos somente para o campo.
As escritoras e pesquisadoras Marisa Timponi e Leila Barbosa participam novamente da Flijuf em um bate-papo em que voltam a falar de Murilo Mendes e Belmiro Braga.
Encerramento
A segunda edição da Feira do Livro de Juiz de Fora terminará com uma palestra do jornalista Sidney Garambone, na sexta-feira (16/7), às 20h.
Mestre em Relações Internacionais pela PUC, o profissional atua na TV Globo desde 1999. Nessa emissora, ele foi chefe de reportagem, editor-chefe do Globo Esporte e, desde 2007, integra o time do Esporte Espetacular.
Todos os pontos de venda de livros foram divulgados pela organização do evento em publicação no Instagram. Confira aqui.