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Estado de Minas MÚSICA

Landau assume lado romântico sem melancolia em novo álbum

Cantor e compositor apresenta três canções autorais em 'Refúgio saída 02', que traz também regravações de Beto Guedes, Milton Nascimento e Emmerson Nogueira


19/07/2021 04:00 - atualizado 19/07/2021 07:18

Landau fará live de divulgação do disco no próximo domingo, mas já marcou para agosto a retomada de shows presenciais(foto: Gustavo Frandoloso/Divulgação)
Landau fará live de divulgação do disco no próximo domingo, mas já marcou para agosto a retomada de shows presenciais (foto: Gustavo Frandoloso/Divulgação)

Irmão mais novo de Rogério Flausino, vocalista da banda Jota Quest, e do cantor, guitarrista e compositor Wilson Sideral, Landau não poderia deixar de seguir a trilha musical da família. Em janeiro deste ano, ele lançou o álbum “Refúgio”, que define como um convite à reflexão, no contexto de crise sanitária que o mundo enfrenta. 

Agora, o cantor e compositor lança “Refúgio saída 02” (ONERpm), disco que já está nas plataformas digitais. Para marcar o lançamento, ele fará uma live especial no próximo domingo (25/07), às 15h, transmitida de Alfenas, no Sul de Minas, sua terra natal, em seu canal no YouTube.

Também produzido em Alfenas, o volume 2 de “Refúgio” reúne sete canções gravadas durante as últimas lives do cantor e compositor. Dessa vez, o músico apresenta três músicas autorais e inéditas, “Nada além de nós dois”, “Tô indo te buscar” e “Nostalgia 2”, todas com uma atmosfera romântica e nostálgica

Há ainda homenagens de Landau aos seus ídolos Beto Guedes, Ronaldo Bastos, Milton Nascimento, Wagner Tiso e Emmerson Nogueira, em canções como “Amor de índio”, “Coração de estudante” e “O mar e a maré”.

O disco teve a colaboração dos músicos Jussa Ferreira (contrabaixo) e Lerisson Wood (bateria) e foi produzido pelo próprio Landau e por Telo Luciano. Landau conta que gostou da experiência de fazer lives e se sentiu “confortável demais”, por isso teve a ideia de “juntar mais sete músicas” nesse álbum.

Landau revela que tem como seu “xodozinho do disco” a faixa “O mar e a maré”, de autoria de Emmerson Nogueira e que há tempos ele planejava gravar. “Muitos o conhecem por conta das suas regravações e versões. A minha ideia é enaltecer o lado compositor dele, que é maravilhoso.” Ele comenta ainda sobre a seleção do repertório: “O fato de ter feito essas lives em Alfenas, talvez por estar na casa de meus pais, pude visitar mais esse repertório. Em casa, estamos mais seguros até para ousar”.

A primeira das lives que deram origem ao disco foi chamada “Especial Minas Gerais” e realizada em 21 de abril, numa homenagem a Tiradentes. “Naquela semana, quis gravar uma música do Beto Guedes. Até já havia gravado outras coisas dele com o Milton Nascimento, como ‘Fé cega, faca amolada’, mas ela tinha um arranjo meio trash metal. Acontece que esse arranjo não dava muito certo para a live, porque estávamos gravando perto de um fogão a lenha, algo mais caseiro, parecendo que estávamos na cozinha de casa. E realmente estávamos. Aí falei, vamos fazer algo mais suave e então veio o ‘Amor de índio’, que foi a grande surpresa e que até ganhou um clipe.”

''Ou você fala de solidão mesmo, ou seja, assumidamente, solitário, ou então pega na mão da mulher e vai conhecer o mundo. Esse negócio de 'estou com saudade de você, volta pra mim' não é muito a minha praia não''

Landau, cantor e compositor


 
DESCOBERTA

Uma ideia levou a outra, conforme conta Landau. “E nessa embarquei em ‘O mar é a maré’. Numa descoberta com a viola caipira, disse: vou regravar essa música. Liguei para o Emmerson e perguntei se podia. Ele ficou muito feliz com o arranjo e permitiu que gravasse a sua canção, muito diferente do arranjo dele. E, de lambuja, veio ‘Coração de estudante’, também na viola caipira. As duas têm até uma atmosfera parecida. Acho que elas ficaram meio que irmãs gêmeas. Acho também que, se estivesse em São Paulo, onde moro, para fazer uma produção dessas, talvez nem aparecesse a viola caipira. Acho que é o aroma da nossa terra que despertou em mim essa curiosidade.”

Quanto às músicas autorais do álbum ele diz que elas “puxam para um lado mais romântico, não tão solitário, quanto as outras que costumo fazer”. “‘Nada mais além de nós dois’ é uma música antiga, mas que nunca havia gravado e que tem essa coisa leve, um pouco mais pop, mas, ao mesmo tempo, tem uma mensagem de andar juntos, um casal que quer andar junto e das lembranças. Da comparação da relação da mulher com a natureza, ‘ela parece as flores do campo na primavera’, essa coisa bem romântica, pra cima”, comenta.

Ele esclarece que não são músicas de dor de cotovelo, pois não gosta disso. “Ou você fala de solidão mesmo, ou seja, assumidamente solitário, ou então pega na mão da mulher e vai conhecer o mundo. Esse negócio de ‘estou com saudade de você, volta pra mim’ não é muito a minha praia não. A música ‘Tô indo te buscar’ é interessante pelo fato de estar lembrando, no caso, da minha parceira Gabi Roncatti, lá no Farol de Santo Amaro, em Santa Catarina. Falei pra ela: ‘Você tem que vir aqui. Vou te buscar para você conhecer o céu desse lugar’. Aí, pensei, poxa, isso vira música. É um negócio assim que você quer que a pessoa esteja com você nas suas conquistas. As canções de amor têm que ser assim para mim. Quer dizer, têm não, gosto que elas sejam assim, dentro do meu universo.”

Landau conta que está reabrindo sua agenda em agosto. “Já estou com seis shows marcados. Em Minas, vou me apresentar em trio, com o Jussa e o Lerrison. Em Santa Catarina, vou me apresentar com um duo de lá e os outros dois shows são solos.” O músico pretende gravar um clipe de “O mar e a maré” em Paraty, se o orçamento permitir. “Lá é uma Tiradentes com mar. Quero manter essa atmosfera como se fosse uma praia de mineiro antiga”, afirma. “A ideia é que todas as canções desse volume 2 tenham clipes, isso é uma certeza. Ultimamente, estou mandando bala na divulgação e quero botar esse show na estrada o mais rapidamente possível”, comenta.

Landau conta que temeu que sua versão de “Amor de índio” fosse despertar “alguma rejeição por conta do ritmo, mas o próprio Beto Guedes adorou e disse: ‘Cara você fez um negócio que está tudo lindo. O clipe também tá lindo, está tudo certo’. Ele ficou muito feliz com a versão. Falei, poxa vida, que bom! Tive medo de ele falar: ‘Poxa, você descaracterizou muito a música’. Fiquei esperando até alguma reação, mas ele elogiou muito a combinação do banjo com a viola de 12 cordas. A melodia é linda e por isso não precisa de muita coisa.” 

Na estrada há 20 anos, Landau é também produtor musical, além de cantor e compositor. Suas principais influências são a banda australiana AC/DC, a inglesa Pink Floyd, o cantor paraibano Zé Ramalho e o pernambucano Alceu Valença. 

O artista, que transita entre o folk e o hard rock, é autor do tema “Lata velha”, trilha sonora de um dos quadros do programa “Caldeirão do Huck”. Já dividiu o palco com vários nomes da MPB. Junto com a atriz Gabi Roncatti, sua parceira, apresenta o show “Rock + Humor”, espetáculo que entrelaça o humor do stand-up e a irreverência do rock and roll.
(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)

“REFÚGIO SAÍDA 02”
• Landau
• ONERpm
• Sete faixas
• Disponível nas plataformas digitais 


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