Artistas aderem a campanha pelo impeachment de Bolsonaro
Abaixo-assinado enviado ao Congresso e divulgação do clipe 'Desgoverno' são parte da iniciativa, que reúne nomes como Camila Pitanga, Denise Fraga e Bárbara Paz
Zeca Baleiro é o autor da letra de "Desgoverno", composta em parceria com Joãozinho Gomes (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Um grupo de artistas se uniu a outro grupo da sociedade civil em um abaixo-assinado pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro. Da iniciativa nasceu também “Desgoverno”, conhecida como a música do impeachment. "Um homem sem juízo e sem noção não pode governar essa nação!", diz o refrão da canção de Zeca Baleiro em parceria com Joãozinho Gomes.
O manifesto Artistas pelo Impeachment foi entregue a líderes das bancadas de oposição no Congresso na última quinta-feira (15/07). O clipe de “Desgoverno”, criado para acompanhar a iniciativa, está disponível no YouTube.
Além do próprio Zeca Baleiro e de Zélia Duncan, participam do clipe artistas de outras áreas, como os atores Ailton Graça, Camila Pitanga, Matheus Nachtergaele e Bárbara Paz, cantando e se posicionando contra o atual governo e sua atuação, especialmente durante a pandemia.
Números de outras tragédias que abalaram o mundo, como a do Titanic, que matou 1.500 pessoas, e o ataque terrorista ao World Trade Center, que vitimou 2.996, são apresentados pelos artistas. No Brasil, mais de 530 mil pessoas já morreram em decorrência do coronavírus.
A atriz e diretora Bárbara Paz está entre os artistas que participam
do clipe (foto: Felipe Hellmeister/Divulgação)
Participam ainda do clipe André Abujamra, Andreia Horta, Chico Salem, Dani Nega, Denise Fraga, Dira Paes, Danilo Grangheia, Ellen Oléria, Elisa Lucinda, Fabiana Cozza, Julia Lemmertz, Letícia Sabatella, Luís Miranda, Gero Camilo, Malu Galli, Marco Ricca, Sandra Nanayna e Zahy Guajajara.
"O descaso e a ineficiência do governo no combate à pandemia são motivo mais do que suficientes para um pedido de impeachment, mas não os únicos. Muitas das ações antirrepublicanas do atual mandatário também devem ser levadas em consideração. A atual condução da política econômica, por exemplo, tem levado milhões de pessoas em estado de vulnerabilidade a buscar formas de sobrevivência nas ruas, sendo expostas à pandemia de forma cruel. Eis a verdade. A política do atual governo as enxerga como pessoas descartáveis", diz o manifesto, que soma mais de 200 assinaturas, com nomes que vão de Ailton Krenak a Emicida, passando por José Celso Martinez Corrêa, Gloria Menezes e Fernando Bonassi. (Agência Estado)
