O mundo da música completa uma década sem Amy Winehouse nesta sexta-feira (23/07), dia em que será lançado “Reclaiming Amy” (rebatizado após ser divulgado inicialmente como “Amy Winehouse: 10 years on”. Trata-se de um documentário produzido pela BBC que traz a visão de sua mãe, Janis, que tem esclerose múltipla, sobre a trajetória da filha. Na próxima terça (27/07), estreia “Amy Winehouse e eu: A história de Dionne Bromfield”, que conta com o olhar da afilhada da artista.
Segundo a BBC, a presença de Janis em “Reclaiming Amy” foi escolhida por se tratar de "uma figura próxima de Amy de quem ainda temos muito a ouvir e cuja versão dos acontecimentos muitas vezes diverge da narrativa que nos foi contada antes".
"Não sinto que o mundo conheceu a verdadeira Amy, aquela que eu criei, e anseio pela oportunidade de oferecer uma compreensão de suas raízes e um vislumbre mais profundo da verdadeira Amy", declarou a mãe da artista sobre o documentário.
Com 59 minutos de duração, “Reclaiming Amy” promete trazer imagens raras de apresentações da cantora, depoimentos de familiares e amigos. O filme não tem previsão de estreia no Brasil. Já “Amy Winehouse e eu: A história de Dionne Bromfield” foi anunciado pela MTV e pelo Paramount+. O documentário será exibido no Brasil no canal pago na terça (27/09), às 19h, e ficará disponível no serviço de streaming posteriormente.
Dionne, afilhada de Amy, compartilha seus altos e baixos e material de arquivo inédito dos tempos que passou com a cantora. "Não posso mensurar o quão terapêutica esta jornada tem sido para mim. Finalmente, posso avançar para o próximo capítulo da minha carreira, sabendo que lidei com emoções que foram enterradas por anos. Espero que este documentário apresente Amy como mais do que apenas uma pessoa lutando contra o vício e, em vez disso, mostre a pessoa incrível que minha madrinha era", diz Bromfield.
Não se trata dos primeiros filmes sobre a cantora. Em 2016, o diretor Asif Kapadia recebeu o Oscar de melhor documentário em longa-metragem por “Amy”, uma desconfortável biografia que aborda o declínio da cantora e sua relação com o uso exagerado de drogas, seu marido Blake Fielder-Civil e o frequente assédio dos paparazzi, que faz o público refletir se, durante os últimos anos de Amy, não acabou contribuindo para sua morte precoce, aos 27 anos.
FAMÍLIA
À época, seu pai, Mitch Winehouse, por vezes retratado como oportunista, criticou a produção: "O filme é equivocado e desequilibrado. Todo mundo que participou da produção desse documentário deveria se envergonhar. Minha relação com a Amy era repleta de amor. Tínhamos alguns problemas, como qualquer família. Mas, no geral, a gente se amava muito".
Além do documentário que será disponibilizado pelo Paramount , os fãs brasileiros de Amy Winehouse não têm acesso a muitas obras sobre a cantora – os catálogos da Netflix e do Amazon Prime Video, por exemplo, não contam nenhuma produção sobre ela no país. Os assinantes do pacote Globoplay Canais Ao Vivo do streaming da Globo, por sua vez, podem assistir a duas produções.
“Amy Winehouse ‘Back to black: Classic albums'', filmado em lugares onde o disco mais conhecido da cantora foi gravado, traz entrevistas com produtores, além dos momentos de cantoria. Já “Amy Winehouse – Live at Shepherds Bush” é a gravação de um show ao vivo da cantora realizado em Londres. (Agência Estado)