Quando James Gunn foi convidado para dirigir um novo filme de super-heróis para a DC, ao invés de ícones como Superman, Batman ou Mulher Maravilha, o cineasta optou pelo grupo de vilões conhecido como "O Esquadrão Suicida".
Gunn traz figuras conhecidas como Harley Quinn, interpretada por Margot Robbie, nesta espécie de continuação da produção homônima de 2016, que uniu anti-heróis dispostos a empreender missões mortais do governo dos Estados Unidos, em troca da redução de suas sentenças.
O longa foi a principal estreia desta semana nos cinemas brasileiros. Em Belo Horizonte ele ocupa salas de todas as redes exibidoras (Cineart, Cinemark, CineSercla e Cinépolis).
Neste filme, o diretor apresenta novos personagens, como o Polka-Dot Man (Homem das Bolinhas ou apenas Bolinha, no Brasil). “Pegar um personagem como este e colocar meu coração nele foi divertido para mim”, disse Gunn, em encontro virtual com a imprensa para divulgar o filme.
A maneira como o cineasta define seu grupo de anti-heróis a princípio levantou dúvidas entre alguns executivos da Warner Bros. Mas o sucesso do primeiro filme sugere que mergulhar no mundo dos quadrinhos para encontrar personagens menos famosos não é ruim.
O "Esquadrão Suicida" original superou as críticas pouco entusiasmadas e conquistou o público, arrecadando US$ 750 milhões em bilheteria em todo o mundo. Como na primeira produção, "O Esquadrão Suicida" tem sua cota de atores famosos.
Will Smith e Jared Leto não voltaram ao elenco. Mas estão presentes nomes como John Cena, Idris Elba e Sylvester Stallone, que dá voz a Tubarão-Rei (King Shark), metade homem, metade tubarão.
Elba, que interpreta Bloodsport, "um personagem que não tinha uma personalidade definida", diz que os atores ganharam mais liberdade.
A produção assume riscos mas também aposta na redenção de seu diretor. Gunn, o roteirista e diretor cult que escreveu a versão de 2004 para Zack Snyder de "Madrugada dos mortos", esteve à frente do sucesso da Marvel "Guardiões da galáxia".
Mas ele foi demitido em 2018 pela Disney, a empresa-matriz, quando surgiram antigos tuítes nos quais ele fazia piadas sobre temas como Holocausto, estupro e Aids. A Warner procurou Gunn para trabalhar nos filmes de super-heróis da DC, concorrente da Marvel.
Depois de se desculpar e receber o apoio de outros colegas de Hollywood, como Chris Pratt, Gunn está de volta à Marvel e deve dirigir também a terceira parte de "Guardiões da galáxia", prevista para 2023.