Jornal Estado de Minas

MÚSICA

Orquestra Mineira de Rock faz show '3 em 1' no palco do Palácio das Artes

 
Em um ano e meio de confinamento social imposto pela pandemia, a Orquestra Mineira de Rock, formada por 13 músicos, não se reuniu nem mesmo para fazer lives e shows on-line, pois seus integrantes temiam a contaminação pelo novo coronavírus. Neste sábado (14/08) à noite, o grupo finalmente se reencontrará – frente a frente – com o público, no Grande Teatro do Palácio das Artes.





O repertório trará a compilação dos três espetáculos que marcaram a trajetória da megabanda. O show da orquestra terá formato híbrido, com apresentação presencial no Grande Teatro e transmissão on-line, com ingressos mais baratos.

CLÁSSICOS 

O mais tradicional dos três espetáculos é o “Clássicos do rock”, apresentado desde 1998, quando a orquestra foi criada por integrantes de bandas atuantes em BH.

O músico Khadhu Capanema relembra o primeiro trabalho conjunto dos grupos Cartoon, Cálix e Somba, uma jam session no Clube da Caixa, na Pampulha. Foi ali que surgiu a ideia de formar a orquestra de rock.

“Quando as três começaram a se destacar em eventos em BH, os integrantes passaram a 'trombar' direto, um curtindo o som do outro. A gente viu que havia uma identidade em comum”, comenta Khadhu Capanema.





Além de destaques do repertório das bandas Queen, Led Zeppelin, Yes e Beach Boys, “Clássicos do rock” trazia canções autorais das mineiras Cartoon, Cálix e Somba.

Por outro lado, o show mais recente do coletivo, “Brasil”, reúne destaques da música brasileira, sem se limitar ao rock.

“Foi o nosso show mais desafiador, no sentido de visitar a música brasileira como um todo, do rock nacional a Villa-Lobos. A gente fez um passeio por esse repertório, mas sob a nossa visão”, explica Khadhu.

O megagrupo vai tocar Raul Seixas, Clube da Esquina, Chico Buarque, Belchior, Gilberto Gil, Alceu Valença e Legião Urbana, além, claro, de Cartoon, Cálix e Somba.

“O repertório de música brasileira é uma ousadia, pois ela é um universo múltiplo, com estilos variados e uma infinidade de sons”, observa Renato Savassi, líder da orquestra.





O terceiro projeto surgiu em 2019 para homenagear os Beatles. Khadhu Capanema diz que o impacto do Fab Four se dá pelo fato de ser uma banda popular, talvez a mais popular de todos os tempos, cujo trabalho extrapolou a música, influenciando várias gerações.

“Os Beatles surgiram no momento cultural em que houve mudanças significativas de paradigmas e das formas de pensar. Naquela época, a música representava muito na vida das pessoas, na formação do pensamento”, observa Khadhu.

FIGURINOS 

O espetáculo deste sábado não deixa de trazer desafios para os 13 músicos. Um deles é usar no palco os figurinos dos três shows, pois pela primeira vez eles serão condensados em apenas um concerto. Há dúvidas quanto à viabilidade de três trocas de figurino, diante dos protocolos sanitários anticoronavírus. De qualquer forma, Victor Carpe criou figurino especial para a noite de hoje.





Embora os 13 músicos tenham apresentado lives individuais nos respectivos perfis nas redes sociais, nada se compara a performar ao vivo para a plateia.

“A gente está muito feliz de voltar”, conta Khadhu Capanema. “Acho que as pessoas precisam muito dessa esperança, desse motivo de alegria, porque já foi muita notícia ruim durante muito tempo”, conclui.

ORQUESTRA MINEIRA DE ROCK

Neste sábado (14/08), às 21h. Grande Teatro do Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Ingressos/presencial – Plateia 1: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia). Plateia 2: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Balcão: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). À venda na bilheteria do teatro e no site www.eventim.com.br. Ingressos on-line: R$ 30, à venda no site eventim.

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria




audima