Do interior mineiro para o mundo. Por mais que possa parecer clichê, é extamente essa a trajetória do artista Eduardo Carvalho, de 29 anos, convidado para expor em outubro os trabalhos no imponente Museu do Louvre, em Paris, na França. O jovem nasceu em Passos, no Sul de Minas, e mora atualmente em Franca, no interior paulista.
“Eu estou muito feliz. Qualquer artista se sente revigorado com um reconhecimento”, afirma à reportagem. Eduardo usa lápis sobre papel, no gênero realista, e foi recentemente reconhecido internacionalmente pela beleza das obras contemporâneas.
Premiado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) do Rio de Janeiro, em 2021, e, devido à repercussão do trabalho, o mineiro recebeu o convite de uma das maiores empresas de representações de eventos em Londres, a Diáspora Marketing Solutions.
Eduardo Carvalho sairá em turnê pela Europa para expor os trabalhos - e receber premiações - a partir de setembro. No dia 23 de outubro, fará uma mostra no Museu do Louvre, em Paris.
Início desafiador
Nascido no dia 28 de fevereiro de 1992, Eduardo se destaca desde a infância pelos desenhos - mas, naquele momento, jamais tinha pensado em ganhar dinheiro com o talento. Aos 11 anos, interrompeu os estudos para ajudar o pai no trabalho rural e, assim, sustentar a família.
Em 2014, em busca de melhores condições de vida, mudou-se para Franca. No interior de São Paulo, trabalhou por nove anos como padeiro e por outros dois anos com móveis planejados.
Mas não esqueceu dos estudos: realizou o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) e teve um dos trabalhos publicado na capa do X Livro de Poemas Educação Jovens e Adultos 2017.
Mas não esqueceu dos estudos: realizou o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) e teve um dos trabalhos publicado na capa do X Livro de Poemas Educação Jovens e Adultos 2017.
Na mesma época, Eduardo Carvalho realizou a primeira exposição no Teatro Municipal de Franca.
Para o mundo
A segunda exposição ocorreu em Ribeirão Preto, também em São Paulo, e foi responsável por abrir as portas para o artista não só em Franca, mas em toda a região. Com isso, começou a atrair grande público nas redes sociais e de admiradores das artes.
Desde então, Eduardo passou a receber encomendas de seus trabalhos e a participar de mostras. O artista aprimora as habilidades desde então e chegou a montar o próprio curso, prejudicado pela pandemia.
Mas o mineiro resolveu expor na Funarte, no Rio de Janeiro, e teve as portas abertas para o mundo.