No primeiro semestre deste ano, a Brava Companhia iniciou estudo sobre "A padaria", conjunto de escritos inacabados do autor alemão Bertolt Brecht (1898-1956), produzidos em 1928. São três grandes cenas nas quais o autor parece experimentar uma espécie de teatro de “agitprop” (agitação e propaganda políticas), conectado com a sociedade alemã da época (que flertava com o nazismo) e localizado entre os extratos mais baixos da população. Trabalhadores precarizados, desempregados e pequenos comerciantes são as principais figuras em cena.
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Nesta primeira parte da livre
adaptação realizada pela Brava, uma nova dramaturgia foi construída em torno da cena "
A luta pelo vintém", que trata da disputa entre desempregados por uma vaga de trabalho e a luta insana, entre os próprios miseráveis, para conseguir algum trocado. Na nova versão, a ação foi transportada para um bairro em formação na periferia da cidade de São Paulo e deslocada para um tempo no passado recente do Brasil: os anos da ditadura militar. Outros personagens e novas cenas foram acrescidos ao roteiro para construir o ambiente e o período histórico propostos. Após a apresentação gratuita nesta quarta-feira (25/08), às 19h, no
Instagram @sescaovivo e no
YouTube Sesc São Paulo, acontece um bate-papo com os artistas, mediado pela pedagoga Silvia Tavares.