Com atraso de várias semanas, "Donda", novo trabalho do rapper norte-americano Kanye West, foi lançado na manhã do domingo (29/08). O álbum, que tem 27 faixas e duas horas de duração, inclui uma longa lista de convidados especiais, entre eles Jay-Z, The Weeknd, Travis Scott e Lil Baby.
Músicas como “Jail”, “Ok Ok”, “Junya” e “Jesus Lord” têm uma segunda versão, identificadas como "pt 2" no próprio álbum. O nome do disco é uma homenagem à sua mãe, Donda West, que morreu aos 58 anos, após complicações de cirurgia plástica, em 2007.
Também se destaca a presença, mais controversa, de Marilyn Manson, que é acusado de estupro e abuso sexual e psicológico por várias mulheres, e de DaBaby, que recentemente fez comentários homofóbicos em um show.
Chris Brown, que se declarou culpado de abusar da superestrela Rihanna em 2009, aparece como compositor e letrista da canção "New again" neste décimo álbum de estúdio de West.
O disco, que aborda temas religiosos e a vida pessoal agitada de West, mudou dramaticamente no mês passado, durante as sessões de audição realizadas em Atlanta, Las Vegas e Chicago.
O artista enfureceu alguns fãs depois que DaBaby e Manson apareceram em sua sessão de audição em Chicago na última quinta-feira, na varanda de uma casa improvisada que devia se parecer com a casa onde West viveu na infância.
Também participou da sessão Kim Kardashian, que pediu divórcio de West este ano, pondo fim a uma união de quase uma década.
Em Chicago, Kardashian alimentou as especulações de uma volta do casal, depois de aparecer com um vestido branco e um véu, embora, segundo vários relatos, se tratasse de um espetáculo puramente metafórico.
Horas depois do lançamento, Kanye West publicou uma mensagem em seu Instagram afirmando (em letras maiúsculas) que a Universal Music, grupo ao qual pertence o selo Def Jam, divulgou seu álbum sem seu consentimento e vetou a inclusão de “Jail 2” no disco. A Universal não comentou as declarações.
"Donda" sucede ao álbum "Jesus is king", ganhador do Grammy de melhor álbum de música cristã em 2019. West, de 44 anos, apresentou um pedido legal para trocar seu nome pelo apelido "Ye". (AFP)