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Estado de Minas VOLTA AO PALCO

Nasi segue o protocolo, mas diz: 'Minha vontade mesmo é fazer showzão'

Veja como tem sido a retomada da agenda de shows de artistas brasileiros aqui e lá fora


01/09/2021 04:00 - atualizado 01/09/2021 07:47

Nasi diz saber que a volta será ''lenta e gradual'', mas anseia em ver uma plateia de multidões. Artistas nacionais começaram a retomar a agenda de shows aqui e lá fora(foto: Canal Brasil/Divulgação)
Nasi diz saber que a volta será ''lenta e gradual'', mas anseia em ver uma plateia de multidões. Artistas nacionais começaram a retomar a agenda de shows aqui e lá fora (foto: Canal Brasil/Divulgação)

“Estamos bem perto de voltar com a agenda, com todos vacinados”, comemora Gusttavo Lima, fenômeno do sertanejo pop. “Pelo mundo, já vemos artistas retomando a agenda de shows e creio que a tendência por aqui também será essa”, comenta o cantor.

Caetano Veloso, por exemplo, se reencontrou com o palco na Europa, durante turnê de 10 shows iniciada em 26 de agosto último. O baiano passou pela Alemanha, França e Bélgica. A partir de quarta-feira (1º/09), faz sete apresentações em Portugal, com ingressos esgotados.

Para muitos artistas, é uma questão de dias aqui no Brasil. Casas de espetáculos já vendem ingressos para apresentações de Ney Matogrosso, Fagner e Zé Geraldo.

''Rapaz, não tenho medo de nada! Vou ter é pena do microfone. Eu vou com tudo!''

Fagner, cantor e compositor


METADE

No último domingo (29/08), Nasi, de 59 anos, fez na capital paulista o show do projeto “Ira! Folk” ao lado do guitarrista Edgard Scandurra e do baixista Johnny Boy. O Teatro Bradesco funcionou com metade de sua capacidade total, de 1.439 pessoas.

Criado em 2016, “Ira! Folk” acabou se tornando uma boa saída para cumprir os protocolos sanitários. O formato menor de banda evita agitação e, sobretudo, aglomerações.

Cantar assim é um alento, diz Nasi, mas não deixa de ser frustrante. “Sabemos que a volta é lenta e gradual, mas trabalho com multidões e minha vontade mesmo é de fazer showzão, com as pessoas de pé e pulando. Praticamente, perdemos dois anos de vida”, afirma o cantor.

Porém, Nasi teme não apenas por sua vida e a de outros possíveis contaminados, mas também pelas sequelas. “Vi pessoas próximas pegarem COVID e voltar com perdas de memória e de movimento. Cara, meu trabalho é memória. Posso até cantar sentado, mas imagine ter problemas para me lembrar de uma letra?”

Entre as imposições destes tempos pandêmicos está o fim da fila para tietar o ídolo. O cantor Zé Geraldo, de 76, duplamente vacinado, avisa: pela primeira vez, não receberá os fãs. “Infelizmente, não vamos ter no camarim aquela presença tão importante. Vou sentir muita falta disso, mas, se Deus quiser, volta logo.”

Em 10 e 11 de setembro, Zé Geraldo vai cantar em Santa Maria de Jetibá e Rio Bananal, no interior do Espírito Santo. Foram um ano, seis meses e 18 dias desde sua última aparição em um palco. “Não aceitei fazer nada enquanto não tomasse as duas doses. Não tiro a máscara de forma alguma. Só para cantar”, diz o mineiro.

''Infelizmente, não vamos ter no camarim aquela presença tão importante. Vou sentir muita falta disso, mas, se Deus quiser, volta logo''

Zé Geraldo, cantor e compositor


DUAS DOSES

Devidamente imunizado com as duas doses, Ney Matogrosso, de 80, vai se apresentar em 9 de outubro no Espaço das Américas, em São Paulo. Ressabiado com relação à qualidade de sua voz depois de tanto tempo sem fazer um show inteiro, ele ficou mais confiante após a recente aparição no programa “Altas horas”, de Serginho Groisman, interpretando sete canções.
      
A turnê “Bloco na rua” foi interrompida em 2020. Desta vez, Ney admite abrir uma exceção ao retomá-la. “Não é a minha fala no palco, mas acho que a situação vai pedir, sim”, admite. O cantor revela que é grande a vontade de fazer um grande show, mas sabe que não poderá exagerar “nas estripulias” sobre o palco.
     
O cearense Fagner, de 71, vacinado e protegido por máscaras e álcool em gel sempre que sai de casa, tem apresentação no paulistano Espaço das Américas marcada para 13 de novembro, ao lado do maestro e pianista João Carlos Martins.

PENA Fagner diz que vai para o palco precavido. “Não tenho medo de nada”, garante. Nem da qualidade da voz depois de passar tanto tempo longe dos palcos. “Rapaz, não tenho medo de nada! Vou ter é pena do microfone. Eu vou com tudo!”, avisa. (Estadão Conteúdo)


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