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Estado de Minas MÚSICA

Vanguart se assume como trio quer mudar o mundo com 'Intervenção lunar'

Banda lança álbum autoral em dois volumes com sonoridade acústica e canções autorais que reforçam a pegada folk que a consagrou


21/09/2021 04:00 - atualizado 21/09/2021 07:35

Reginaldo Lincoln, Fernanda Kotschak e Helio Flanders anunciam
Reginaldo Lincoln, Fernanda Kotschak e Helio Flanders anunciam "Intervenção lunar", seu primeiro disco de inéditas desde 2017 (foto: Nina Bruno/divulgação)

Entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, a banda Vanguart esteve em estúdio para gravar um disco de músicas inéditas. Produtivas, as sessões renderam a Helio Flanders, Reginaldo Lincoln e Fernanda Kostchak 14 canções autorais. Atentos aos hábitos de consumo impostos pelas plataformas digitais , eles decidiram dividir o álbum em duas partes. A primeira, “ Intervenção lunar ”, foi lançada na última sexta-feira (17/09) com sete faixas baseadas no folk , pelo qual o grupo ficou nacionalmente conhecido.

Ainda que a escolha atenda à imposição do mercado fonográfico, a diluição do lançamento também tem explicação conceitual. “O trabalho estava formatado, com título, quando o Reginaldo me mostrou a música 'Intervenção lunar'”, explica Helio Flanders . “Quando ouvi, percebi o quanto ela pertence ao nosso universo. Então, ficou decidido que seriam dois volumes: um teria como título uma canção minha e o outro, uma canção dele.”
 

NARRATIVA 


O segundo volume, “Oceano rubi”, já está pronto e tem lançamento programado para fevereiro de 2022. “Os dois volumes apresentam uma narrativa entre si. É uma intervenção lunar que culmina no oceano rubi”, comenta Flanders.

A faixa-título da primeira leva do registro fala sobre “o desejo profundo de modificar o mundo”, afirma ele. Reginaldo Lincoln, autor da letra, concorda. Diz que “Intervenção lunar” traz “uma coisa boa num momento em que não se espera isso”.

“Desde quando decidimos fazer o álbum, no final do ano passado, queríamos lançar um trabalho que as pessoas ouvissem de forma fluida, que fosse leve. O disco traz a sensação de recomeço, de rever o mundo. É para ser a coisa mais bonita de todas”, comenta.

Esse é o primeiro disco de inéditas da banda desde “Beijo estranho” (2017). Depois dele, o grupo lançou o álbum “Vanguart sings Bob Dylan” (2019) e caiu na estrada com a turnê “Vanguart acoustic night”, que celebrou sua primeira década de carreira.

A sonoridade de “Intervenção lunar” foi influenciada por esses shows, nos quais a banda apresentava versões intimistas de suas canções.

“Fizemos a turnê com violão, baixo e violino. Tudo muito simples, funcionava muito bem. Quando começamos a fazer o disco, a abordagem mais crua se manteve e a gente decidiu não abandoná-la. As gravações têm muitos elementos eletrônicos, mas de forma muito sutil. O que rege o disco são os instrumentos acústicos. É a nossa principal marca instrumental”, explica Lincoln.

SEM ENSAIO 


Helio Flanders relembra que os shows da banda eram “íntimos e frágeis”. Só os três no palco, “às vezes num teatro imenso e sem ensaio, porque não precisava.”

“Depois de 15 anos de banda, chegamos à conclusão de que teria que ser assim. Queríamos remeter a essa liberdade, à toada do folk natural”, comenta Helio Flanders.

Das sete faixas do disco, apenas uma foi apresentada ao público em formato de single.“Sente” chegou às plataformas digitais em dezembro de 2019. Naquela época, o grupo estava em turnê e pretendia lançar o novo trabalho no final do ano seguinte, mas os planos foram afetados pela pandemia.

O repertório do disco também conta com “Vamos viver”, “Canção para o sol”, “Suas coisas favoritas”, “Lá está” e “Vento do metrô”. A produção é assinada pelos três integrantes em parceria com Fabio Pinczowski. Participaram das gravações Kezo Nogueira, Pedro Pelotas, Jorão de Pierro e Felipe Ventura. “Lá está” foi composta pela violinista Fernanda Kostchak, que também gravou os vocais.

Após uma série de baixas na banda, o Vanguart assume o formato de trio. Flanders afirma que o grupo sempre funcionou, independentemente da quantidade de integrantes, mas estar em três é “muito mais fácil”. “Acabamos criando uma conexão muito forte”, ele explica.

Reginaldo Lincoln diz que não mudou muita coisa. “Isso se reflete muito mais na nossa maneira de produzir música do que no funcionamento da banda. Essa formação (trio) abre espaço para a gente colaborar com outros artistas, por exemplo”, conta. Para os integrantes da banda, o produtor Fabio Pinczowski funcionou como uma espécie de “quarto vanguart”.

SHOWS 


Quando o segundo volume sair, o grupo pretende voltar a fazer shows presencialmente. É certo que Belo Horizonte estará na rota. Flanders relembra as apresentações n'A Autêntica e n'A Obra, destacando os laços de amizade que criou com artistas locais.

“O pessoal da (banda) Maglore me apresentou ao Leo Marques, um artista espetacular. Também tive a oportunidade de conhecer o trabalho do Nobat, que abriu um dos nossos shows. É assim, são coisas naturais. A gente conhece e desenvolve uma admiração. BH é uma cidade lindíssima e crio as minhas conexões de sentar no bar e beijar todo mundo na boca”, revela Flanders.

 
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(foto: Deck/reprodução)
 

“INTERVENÇÃO LUNAR”


*Disco da banda Vanguart
* 7 faixas
* Deck 
* Disponível nas plataformas digitais
 





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