Papa do sci-fi, o escritor Isaac Asimov (1920-1992) publicou quase 500 livros – entre títulos de ficção e de divulgação científica. Nos cinemas, sua mais conhecida adaptação é “ Eu, robô ” (2004), com Will Smith como protagonista. De uma maneira geral, seus romances são considerados de difícil adaptação, pela complexidade das narrativas.
Pois eis que a
AppleTV
resolveu encarar a empreitada com uma das mais importantes obras de Asimov, a
trilogia
“
Fundação
”, publicada no início dos anos 1950 – mais tarde, entre as décadas de 1980 e 1990, ele lançou livros complementares. Mas o que importa aqui é a história original. Com lançamentos às sextas, a plataforma estreia hoje (1º/10) o terceiro dos 10 episódios.
Em Trantor, o matemático Hari Seldon (Harris) faz uma previsão catastrófica: o fim do Império Galáctico. Governado por três clones que formam o Imperador Cleon – o irmão mais velho (Terrence Mann), o do meio (Lee Pace) e o ainda criança (Cassian Bilton), o império conta com milhares de planetas e trilhões de pessoas. Segundo Seldon, em poucos séculos tudo estará mergulhado na escuridão.
EQUAÇÃO
O matemático aguarda a chegada da jovem Gaal Dornick (Lou Llobell) que, vinda de outro planeta, foi a única que resolveu a equação apresentada por ele – por isso é também a única que pode comprovar ou refutar essa teoria. O imperador logo prende a dupla e, após o julgamento, bombas explodem em Trantor, causando uma enorme destruição. Seldon e Gaal escapam da morte, mas têm que cumprir sua pena em Terminus, o último e desabitado planeta da galáxia.
Antes de embarcar na jornada, um aviso: “Fundação” é uma história para acompanhar com atenção. As diversas questões apresentadas já no episódio-piloto demandam isso do espectador. E o ritmo, para quem gosta de narrativas ágeis, é lento. É tudo muito sério e denso, sem momentos de respiro. Mas, pelo menos neste início de jornada, ela merece o interesse.
“FUNDAÇÃO”
• Série em dez episódios na AppleTV . Um novo episódio por sexta-feira