A banda Lagum, formada por Pedro Calais, Otavio Cardoso, Jorge e Chico (Francisco Jardim), estourou no Brasil mais recentemente, mas desde 2014 os belo-horizontinos já conhecem esses mineiros que durante muito tempo se apresentaram em uma balada na Região Centro-Sul e em muitas festas em Belo Horizonte. Eles contaram ao Pouquinho podcast suas trajetórias e deram spoilers do próximo álbum.
Donos de hits como “Ninguém me ensinou”, “Deixa (feat. Ana Gabriela)” e outros, a banda tem dois álbuns lançados: “Seja o que eu quiser” (2016), e “Coisas da geração” (2019). Com os três últimos singles de 2021, “MUSA DO INVERNO”, “EU E MINHAS PARANÓIAS” e “EITA MENINA”, a banda planeja lançar o próximo álbum em um futuro próximo.
“A letra maiúscula nos últimos lançamentos é justamente para a gente criar uma associação. Acho que antes de ler o nome da música você bate o olho e vê que são todas maiúsculas. Também tem as capas, que são pinturas dentro de um quadro com o nome escrito fora, e tudo isso é a construção de uma identidade visual para o nosso próximo álbum e ele está vindo em breve”, revelou Pedro Calais.
O nome da banda
Escrito da mesma forma que se pronuncia lagoa em inglês, o nome da banda surgiu como uma homenagem à lagoa que juntou os amigos durante o início da adolescência. Pedro explica que a ideia era escrever na língua de origem germânica [lagoon].
“Eu tinha 17 anos quando a banda foi formada e a lagoa perto da minha casa era o lugar de dar rolê e dei o nome de Lagoon, como se fosse inglês. Aí pensei que como a gente ia fazer música em português, vou fingir que é brasileiro e coloquei o “u” e o “m” e fizemos o primeiro show como Lagum”, conta o vocalista.
Nova geração
A banda que enfrentou o desafio de quebrar as barreiras do reconhecimento apenas em BH e se projetar em todo território nacional, hoje abre portas para uma nova geração de músicos mineiros. Eles contam como foi esta ascensão do sucesso.
“Em Minas, sempre teve muita banda e artistas. BH é muito forte. Nesse lado de banda há um tempo as coisas estavam um pouco em falta. Quando a gente começou, tinha um circuito de cover e a gente voltou a esquentar o mercado de música autoral, batalhamos muito para fazer nosso CD e jogamos nos nossos shows e a partir disso as pessoas começaram a conhecer nosso trabalho. A partir daí começamos a sair e buscar parcerias. Acho que nosso primeiro feat fora foi Ana Gabriela com ‘Deixa’ e aí veio Cynthia Luz, Jão e a gente buscou sair de BH”, relembra Calais.
Assim que conseguiram estabelecer um público na capital mineira, eles começaram a buscar mais. “A gente sabe que BH é muito difícil de conquistar, mas quando a gente conseguiu foi muito bom o momento que vimos nossa praça muito forte. Assim que conseguimos estabelecer uma fanbase aqui a gente começou a se jogar para fora”, acrescenta.
Podcast Pouquinho
O Pouquinho é um podcast do jornal Estado de Minas e do Portal Uai, produzido e apresentado por Natasha Werneck e Luiza Rocha, que vão levar aos fãs um pouco mais de conversa com artistas ou bandas que adoram. A intenção é abordar essa pluralidade cultural do país e contemplar a diversidade brasileira.
Confira os episódios anteriores: