Após sucesso das performances em livestream, a banda mineira de rock Ca$h sobe no palco do Teatro do Centro Cultural Unimed-BH nesta sexta-feira (8/10) para o seu primeiro show com a formação acústica do grupo e fora das “telinhas” de aparelhos eletrônicos.
Além do novo formato de banda, o grupo também investiu em uma produção para ambientar o palco, similar ao cenário das performances online.
“Podemos abrir os shows com a música "You can't always get you want", do Rolling Stones, que cantamos no início da primeira live. Mas não é spoiler. Possivelmente, vamos decidir somente na sexta-feira. Temos esse costume de última hora para sentir a atmosfera do local”, revelou, em tom de brincadeira, Tiago Borba, guitarrista da banda.
A performance será às 21h e terá 2 horas de duração. Os portões do teatro serão abertos meia hora antes. Os ingressos estão sendo vendidos na bilheteria do Teatro ou no site da
Eventim
no valor de R$100 (inteira) e R$50 (meia).
Conforme a organização, todos os protocolos de proteção contra a COVID-19 serão seguidos, como uso obrigatório de máscaras.
Livestream
Com a pandemia da COVID-19, os espaços de show em Belo Horizonte foram fechados. Assim, a Ca$h ficou em casa, se protegendo do vírus. “Nós estávamos relutantes a qualquer ideia de aglomeração de pessoas”, contou o vocalista Daniel Mazzochi.
Ele completou que, mesmo durante a quarentena, a demanda pela banda continuava alta. “Somos uma banda de 22 anos em BH e, quando todo mundo começou a fazer live, ficaram esperando a Ca$h fazer alguma coisa”, contou.
Assim, a banda esperou que as condições sanitárias melhorem um pouco, em comparação ao começo da pandemia, e planejou um show que “valorizasse o trabalho”. “A gente estava achando que as lives estavam sendo feitas de qualquer forma e não valorizavam o artista em si. Então a gente tentou fazer uma live a altura dos shows ao vivo”, completou Daniel.
Além de um cenário especial, equipe de fotografia e parcerias, ele destacou que a apresentação da banda mudou e foi adaptada ao contexto de quarentena. Conforme Mazzochi, a Ca$h fez uma nova formação para as lives, com pianos, saxofones, cantoras como back vocals, entre outras mudanças.
“Nós somos uma banda de rock'n'roll tradicional, com guitarras, bateria, muita energia. Mas nós pensamos: as pessoas vão estar em casa, sentadas e vão querer assistir às lives na TV ou nos projetores. Então, a gente não precisa trazer o que é do palco e da noite. Nós desconstruimos o que estávamos acostumados a fazer e o que era guitarra, se tornou violão. Solos de guitarra se transformam em piano ou saxofone”
O guitarrista Borba explica que essa mudança de “full-band”, a formação completa e tradicional, para "acústica" é nítida na forma de tocar uma música. “É uma abordagem totalmente diferente. Tudo fica mais focado nas canções. A gente tem mais liberdade para usar dinâmicas e mais nuances, musicais no palcos e instrumentos”, completa.
Com as lives, o grupo chamou atenção do público, mas o vocalista afirma que o sucesso surpreendeu. “A gente não tinha expectativa nenhuma com a live e teve muita repercussão. Até hoje, a live continua sendo compartilhada e virou ‘playlist de evento’. Pessoas estão fazendo um jantar em casa e colocam nossa live para tocar”, comentou.
Conforme Borba, as expectativas para o show de sexta-feira estão altas. “É um show grande, que envolve muita coisa. E é a primeira vez que vamos ver tudo em um teatro”, comenta.
Formação da Banda CA$H:
Mazzochi - Voz/Violão
Tiago Borba - Guitarra
Charles M Poesia - Baixo
Fábio França - Violão
Riccardo Linassi - Bateria
Léo Moura - Sax e Teclado
Geisa Andrade - Backing Vocal
Rayane Boldrini - Backing Vocal
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria