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Estado de Minas GUERRA DO STREAMING

Disney+ poderá ultrapassar Netflix em assinaturas até 2025

Pesquisa indica que plataforma deve ganhar nesse período 140 milhões de assinantes, chegando a 284 milhões de assinaturas e ultrapassando a rival


13/10/2021 04:00 - atualizado 13/10/2021 08:14

Disney ameaça a liderança da Netflix
No mês passado, o serviço de streaming da Disney, que tem em seu catálogo títulos como o musical "Hamilton", registrou 116 milhões de assinantes globais (foto: Disney /Divulgação )

O Disney%2b poderá ultrapassar a Netflix em número de assinaturas em todo o mundo até 2025, segundo a pesquisa Digital TV Research, divulgada no último dia 1º. O estudo afirma que, em cinco anos, o Disney deve ganhar 140 milhões de assinantes, chegando a 284 milhões de assinaturas. Em agosto, o serviço da Disney registrou 116 milhões de assinantes globais.

O total superaria a Netflix, que ganharia 53 milhões de novas assinaturas até 2026, chegando a 271 milhões de assinantes. Hoje são 209 milhões. Ao todo, o montante de assinaturas de serviços de vídeo sob demanda em geral deve aumentar em 496 milhões, segundo a pesquisa, chegando a 1,64 bilhão. Juntas, Netflix e Disney representariam quase metade desse valor.

ÁSIA 

O crescimento do Disney deve ser alavancado pela Ásia. Em 2019, a Disney adquiriu a Hotstar, companhia indiana presente em 13 países do continente. Dos possíveis 284 milhões de assinantes do Disney em 2026, 121 milhões estariam na Ásia.

Na China, a pesquisa registra também o crescimento de um importante mercado de serviços locais, liderado pela Tencent, que teria 98,7 milhões de assinaturas. Porém, a subida do número de assinantes de serviços sob demanda deve ser menor no país. 

"Devido à pressão do governo, a China está desacelerando", afirma o analista da Digital TV Research, Simon Murray. 

O país deve registrar 354 milhões de assinaturas até 2026, segundo o analista. Já os Estados Unidos devem seguir liderando o ranking, com 450 milhões de assinantes.

Além de Disney e Netflix, o Amazon Prime Video concentrará 243,4 milhões de assinantes até 2026 - em janeiro destes ano eram 150 milhões -, seguido pelo HBO Max, com 76,3 milhões e pelo Apple TV , com 35,6 milhões.

NO BRASIL 

No mercado de streaming brasileiro, uma operação empresarial foi anunciada na semana passada, quando o Telecine comunicou  que irá encerrar seu serviço, anteriormente chamado de Telecine Play. De acordo com nota enviada à imprensa, a mudança irá ocorrer até o final deste ano, quando o catálogo do serviço de cinema, assim como os seus assinantes, serão incorporados na plataforma de streaming da Rede Globo.

Por meio da nota, explicaram a mudança. "O Telecine passará a ofertar seu conteúdo em streaming também pelo Globoplay. A consolidação da oferta do Telecine no Globoplay visa aprimorar a experiência de usuários, além de trazer ganhos de sinergia para as operações".

No entanto, isso não significa que a união dos dois streamings resultará em uma única assinatura. De acordo com a empresa, o serviço do Telecine será incorporado como um canal - nome dado ao streaming dentro do streaming, com Premiere e o Combate, com conteúdo esportivo. No Amazon Prime Video, existem canais como Paramount e MGM.

Além disso, o Telecine confirma que não será preciso pagar a assinatura do Globoplay para usar o serviço do novo canal. O usuário pode apenas acessar o streaming da Rede Globo e, depois, entrar com sua assinatura no canal de filmes. Já quem é assinante Globoplay não terá acesso automático ao catálogo de filmes, precisando ter a assinatura do novo Telecine.

Até o momento, as duas empresas não anunciaram valores ou possíveis pacotes de assinatura conjunta. Atualmente, é possível assinar as duas plataformas em conjunto em um pacote que sai por um valor de R$ 49,90 ao mês. Enquanto isso, o Globoplay custa a partir de R$ 22,90 enquanto o streaming do Telecine sai por um valor mensal de R$ 37,90.

MERCADO 

Essa movimentação de Telecine e Globoplay acontece, justamente, em um momento que o mercado começa ver a concorrência ficar ainda mais acirrada. Além dessas duas opções, os brasileiros podem assinar serviços como Netflix, HBO Max, Star , Amazon Prime Video, MUBI, Paramount , Disney e Starzplay - além de gratuitos, como Pluto TV e NetMovies.

Vale lembrar, também, que o Telecine é uma joint-venture do Grupo Globo com estúdios de Hollywood como MGM, Universal, Paramount e 20th Century Studios, além de ter parcerias fixas de conteúdo com a Warner Bros Pictures. Em um momento em que empresas passam a ter seus próprios serviços, é esperada a concentração de esforços de empresas.

Nos últimos meses, para compensar o conteúdo que agora vai para serviços como HBO Max e Star , o Telecine passou a apostar em filmes inéditos ou lançados recentemente em TVOD - sistema de compra ou aluguel de filmes, sem assinatura. Títulos como “Na mira do perigo”, com Liam Neeson, e “Difícil de matar”, com Bruce Willis, chegaram com esse sistema.

Por fim, vale lembrar que os canais por assinatura, até o momento, não sofrerão alterações. 

Serviço lançará documentário sobre os Beatles em novembro

Disney lançará documentário sobre os Beatles
Os Beatles em 1965, em cena do filme "Help", de Richard Lester. O documentário  "The Beatles: get back", da Disney , tem direção de Peter Jackson  (foto: United Artists/Divulgacao)

Paul McCartney revisitou o rompimento dos Beatles, contestando categoricamente a sugestão de que ele teria sido o responsável pelo fim da banda. Em depoimento ao episódio “This cultural life”, da BBC Radio 4, que irá ao ar no próximo dia 23, McCartney disse que John Lennon era quem queria separar o grupo.

Os fãs da banda têm debatido por muito tempo quem foi o responsável pelo rompimento dos Beatles, e muitos culparam McCartney. Mas ele disse que o desejo de John Lennon de "se libertar" foi a principal causa por trás do rompimento.

A confusão sobre a separação aumentou porque seu empresário pediu aos membros da banda que ficassem quietos até que ele concluísse uma série de negócios, disse McCartney.

A entrevista se antecipa ao documentário de seis horas de Peter Jackson, “The Beatles: get back”, com lançamento previsto para novembro na Disney , que certamente revisitará a separação da lendária banda. Os comentários de McCartney sobre o tema foram relatados pela primeira vez pelo “The Observer”.

Quando questionado pelo entrevistador John Wilson sobre a decisão de seguir sozinho, Paul McCartney respondeu: "Pare bem aí. Não fui eu quem instigou a separação. Oh não, não, não. John entrou em uma sala um dia e disse: 'Estou saindo dos Beatles'. Isso está levando à separação ou não?", questionou.

 McCartney se mostrou triste a respeito da separação, dizendo que o grupo ainda estava "fazendo coisas muito boas". "Aquilo era a minha banda, o meu trabalho, a minha vida. Então, eu queria que continuasse", afirmou.  


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