“Alerta vermelho”, que estreia nesta quinta (4/11) em todo o Brasil, é daqueles filmes milionários, com elenco estelar e que não se leva a sério. E esta, definitivamente, é sua maior qualidade. Estrelado por Ryan Reynolds, Dwayne Johnson e Gal Gadot, a comédia de aventura ganha lançamento restrito nos cinemas porque foi vendida para a Netflix – chega à plataforma de streaming em 12 de novembro.
Para a audiência da Netflix, o paralelo que pode ser feito é com a série “Lupin”. Para o público de cinema, à franquia “Onze homens e um segredo” e produções mais antigas, como “Thomas Crown, a arte do crime” e os antológicos filmes de Indiana Jones. O que menos importa aqui é a história, e sim a interação entre os atores – e esta é impagável.
Dirigida por Rawson Marshall Thurber, que fez com Johnson “Um espião e meio” e “Arranha-céu: Coragem sem limite”, o filme parte de uma história improvável. No Egito antigo, Cleópatra teria recebido de seu amante, Marco Antônio, três ovos de ouro. Nos dias atuais, um está em exposição no Museu Nacional de Castelo Sant’Angelo, em Roma. O segundo está nas mãos de um traficante de armas e o terceiro desapareceu ao longo da história.
Pois um milionário egípcio coloca no mercado negro um desafio: pagará US$ 300 milhões para aqueles que entregarem os três ovos a ele, que serão presenteados à sua filha, Cleópatra, no dia de seu casamento, no Cairo. A corrida é grande e logo é acionado o alerta vermelho – um pedido global da Interpol de busca e apreensão dos criminosos mais procurados do mundo.
A trama começa com o investigador do FBI John Harley (Johnson) chegando ao Castelo Sant’Angelo para investigar o caso. Especialista em roubos de obras de arte, ele foi informado por Bispo (Gadot), a ladra mais procurada do mundo, de que o ovo de Cleópatra seria roubado em Roma. Quem o acompanha no caso é a policial local Urvashi Das (Ritu Arya, conhecida pela série “The Umbrella Academy”).
Não demora para que a dupla chegue ao ladrão: Nolan Booth (Reynolds), um golpista internacional que costuma levar a pior quando se defronta com Bispo. Não é o caso de adiantar muito mais do enredo, mas depois da sequência inicial – em que não faltam perseguições e trapalhadas dentro de um espaço histórico –, Booth e Harley vão acabar se juntando.
PERSEGUIÇÕES
O carisma de Reynolds é inconteste e o que ele faz no filme são variações das piadas de filmes antecessores, como “Deadpool” (mas sem palavrões). Mistura referências da cultura pop (inclusive com piadas com Vin Diesel) com uma boa dose de autodepreciação. A interação com o grandalhão Harley (que também não difere muito do agente Hobbs, de “Velozes e furiosos”) é sensacional – meio uma versão de Gordo e Magro (no caso grande e pequeno) dos dias atuais.
A história segue em situações inverossímeis em cenários internacionais – de uma prisão na Sibéria a um baile de máscaras, seguido de uma tourada em Valência, na Espanha, chegando até uma floresta tropical da América do Sul. Muitas perseguições e cenas de luta (nesse caso, é Gadot quem brilha) completam o enredo, que traz, a cada nova sequência, uma reviravolta. “Alerta vermelho” é para ser visto com um pacote de pipoca – seja nos cinemas, ou a partir da próxima semana, no sofá de casa.
ALERTA VERMELHO
(EUA, 2021, 115min, de Rawson Marshall Thurber, com Ryan Reynolds, Dwayne Johnson e Gal Gadot) – Estreia nesta quinta (4/11) nos cines BH 10, às 17h35 e 20h20 (leg); Boulevard 2, às 18h55 (dub) e 21h15 (leg); Cidade 3, às 18h40 e 21h (dub); Contagem 7, às 18h50 e 21h10 (dub); Del Rey 3, às 20h50 (leg) e Del Rey 4, às 14h45 (dub); ItauPower 4, às 20h50 (dub); Minas 6, às 21h (dub); Monte Carmo 5, às 15h10 (dub) e Monte Carmo 6, às 16h10 e 18h30 (dub); UNA Belas Artes 2, às 16h10 e 20h10 (leg); Via Shopping 2, às 21h (dub). Na próxima sexta (12/11), o filme estreia na Netflix.