Novamente em formato virtual, especialistas de diversas áreas debaterão o tema “Cultura, que negócio é esse?”, que será dividido em cinco temáticas mais específicas. Hoje, estão em pauta “Business intelligence para o setor cultural: Levantamento e utilização de indicadores para o diálogo com o mercado e construção de projetos culturais”, das 17h30 às 19h, logo após a abertura oficial do Fórum, às 17h, e “Fomento à cultura: As experiências do fomento ao setor pela iniciativa privada”, das 19h10 às 20h40.
Amanhã, os palestrantes participam das mesas “O que o mercado esconde? As manifestações culturais invisibilizadas pela visão de negócio”, das 18h10 às 19h40, e “O mercado criativo e as feiras de negócio: Experiências pelo mundo”, das 19h50 às 21h20.
A programação de sexta-feira começa com uma apresentação de case, “A interconectividade dos setores: A cultura como caminho para se pensar o território”, das 17h30 às 18h10, segue com a quinta e última mesa virtual, com o tema “Reflexões pós-pandemia: Futuros possíveis com a cultura”, das 18h15 às 19h45, que precede outra apresentação de case, “À margem e no topo: O funk como manifestação cultural e negócio”, das 19h55 às 20h35. O encerramento será com a apresentação ao vivo de uma pílula do espetáculo "Na sala com Clarice", com Odilon Esteves, das 20h40 às 21h.
DESAFIOS
“A edição do ano passado tinha como tema os desafios da produção cultural durante a pandemia, com o Fórum tentando entender como a cultura poderia se reinventar para conseguir se manter. Agora a gente quis trazer questões mais concretas, algumas práticas e soluções. Enquanto no ano passado foi mais de reflexão, agora queremos apontar caminhos futuros possíveis para o setor”, diz Manuella Machado Paiva, coordenadora técnico-social da Gerência de Cultura do Sesc em Minas.
O formato virtual se consolidou para o evento, segundo Manuella. “Depois da experiência do formato virtual, o Fórum não tem mais como voltar para o presencial, porque o on-line possibilita a participação de todo mundo, de qualquer lugar, palestrantes e público. Antes, a gente restringia essa participação à capital e cidades do interior de Minas. No ano passado, tivemos a participação de representantes de quase todas as capitais”, diz ela.
A quinta edição conta com profissionais do Brasil e também de outros países, sobretudo da França, em razão da parceria. A coordenadora do Sesc explica que a escolha dos palestrantes é orientada pelo desejo de que o Fórum seja composto pela diversidade de olhares e pela representatividade. “Tentamos trazer, por exemplo, uma pessoa mais da academia e outra mais da experiência, da prática. No modelo virtual, observamos também a questão do território e a representação dos grupos considerados minorias. A gente tenta ver quem está discutindo sobre o tema no mundo. Não queremos mesas com a visão de um grupo específico.”
Ela acredita que duas mesas em especial podem chamar mais a atenção, pois tratam de temas sensíveis. Uma delas é “O que o mercado esconde? As manifestações culturais invisibilizadas pela visão de negócio”. “Achamos importante falar das manifestações que não estão de acordo com a lógica de mercado e que, no ambiente da iniciativa privada, acabam sendo deixadas à margem.”
A outra mesa para a qual ela chama a atenção é a de inteligência de mercado. “O setor cultural ainda tem dificuldade com os indicadores, então isso precisa ser discutido. A gente traz práticas concretas de pessoas que trabalham com eles. O setor precisa avançar nisso, porque, trazendo dados mais concretos e palpáveis sobre a cultura, a gente consegue defendê-la melhor”, avalia.
5º Fórum Políticas Culturais em Debate: “Cultura, que negócio é esse?”
Desta quarta-feira (10/11) a sexta (12/11). No Sympla Streaming. Inscrições e programação completa no site.