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Estado de Minas TEATRO

Espetáculo de formatura do Cefart traz Alice 'mineira'

'Aliç n'país d'jogo d'bich', exibida em formato virtual e adaptação do clássico de Lewis Carroll, tem cenas gravadas no Hipercentro de BH


11/11/2021 04:00 - atualizado 11/11/2021 07:20

Elenco de Aliç n'país d'jogo d'bich, do Cefart
Elenco da peça Aliç n'país d'jogo d'bich: espetáculo é um 'filme-teatro' (foto: Paulo Lacerda/DIVULGAÇÃO)
Qual seria a visão que Alice – a do País das Maravilhas – teria se descesse na Estação Central do metrô de Belo Horizonte? Essa pergunta é o fio narrativo do espetáculo “Aliç n’país d’jogo d’bich”, adaptação do clássico de Lewis Carroll e que marca a formatura do curso técnico de teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), da Fundação Clóvis Salgado.

Sob a direção de Thálita Motta e Thales Brener Ventura, e dramaturgia de Idylla Silmarovi, a peça adapta a linguagem audiovisual para o teatro. Transmitida em formato on-line entre esta quinta (11/11) e domingo (14/11), o espetáculo tem cenas gravadas em pontos tradicionais do Hipercentro de Belo Horizonte.

O título brinca com o sotaque mineiro, mas a peça extrapola o jogo do bicho ao tentar responder ao "porquê" de o ser humano jogar e o papel do jogo ao longo da vida humana a partir de uma perspectiva dos bichos. Thálita e Thales contam que as locações foram escolhidas de acordo com a personalidade dos personagens. Como o jogo do bicho foi trazido à baila pelo roteiro, novos bichos são introduzidos à história. Estão presentes desde animais da fauna brasileira até a famosa porquinha Peppa Pig. A trilha sonora conta com Os Barões da Pisadinha, Linn da Quebrada e composições próprias do corpo artístico.

A direção de arte é envolta por uma estética que a produção batizou de “Shopping Oi” por ser identificada com o Baixo-Centro da capital, lugares que, segundo a trupe, são como periferias dentro do próprio Centro. Tudo retratado pelos olhos de Alice, que, em mais uma escolha da dupla de direção, atua como câmera subjetiva, técnica utilizada no cinema.

CINEMA 

“Fazer cinema é caro, né?”, comenta Thálita. “Então a gente optou por tentar ao máximo gravar as cenas sem corte, para tentar adaptar a linguagem do teatro. É uma espécie de filme-teatro, mesmo”. O trabalho, que é o terceiro da dupla, passou por processos dramatúrgicos de construção de personagem, coreografia, de ensaio e imersão, muito mais teatrais que cinematográficos, todos adaptados para a caixa cênica, que é o ponto de vista de Alice. “A gente foi tentando adaptar a câmera às necessidades da peça”, conta Thálita.

“ALIÇ N’PAÍS D’JOGO D’BICH”
Exibição desta quinta-feira (11/11) a domingo (14/11), sempre às 20h, pelo canal da Fundação Clóvis Salgado no YouTube


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