Em março de 2020, a poucos dias do lançamento do livro “Momento vivo – 71 poemas favoritos & 21 novos”, de Ronaldo Werneck, Belo Horizonte, como todo o mundo, fechou-se em decorrência da pandemia da COVID-19. Um ano e oito meses mais tarde, Werneck, poeta e jornalista de Cataguases, consegue realizar a tarde de autógrafos presencial, como previsto originalmente.
Obsessão
“Os dois livros têm uma conexão, que é minha obsessão por Cataguases”, diz ele, que deixou a cidade natal aos 18 anos, viveu 32 no Rio de Janeiro e retornou para lá há pouco mais de duas décadas, na maturidade. “Momento vivo” recupera poemas de toda a sua trajetória, iniciada em 1976, com “Selva selvaggia”.
Neste olhar retrospectivo, ele incluiu “Pomba poema” (1977), uma saga em formato de poesia que lançou no centenário da cidade. A publicação traz também 21 poemas recentes, inéditos – o título da obra, “Momento vivo”, corresponde a um deles.
Já “Cataguases século XX” recupera a trajetória cultural do município, que Werneck chama de “a Paris da Zona da Mata”. “A cultura é o motor da cidade: a revista ‘Verde’, o Colégio Cataguases, com projeto de Niemeyer, o cinema de Humberto Mauro”, cita o autor, que também já publicou livros sobre Humberto Mauro e Rosário Fusco, os maiores cânones da cultura local.
Com o arrefecimento da pandemia, a cidade vem, aos poucos, retornando às atividades culturais. “Zé”, novo filme de Rafael Conde, sobre o movimento estudantil da década de 1970, está sendo rodado atualmente em Cataguases.
Ronaldo Werneck
Lançamento dos livros “Momento vivo” (Tipografia Musical, 268 páginas, R$ 69) e “Cataguases século XX/Antes & depois” (Tipografia Musical, 312 páginas, R$ 70), neste sábado (13/11), a partir das 12h, na Livraria da Rua – Rua Antônio de Albuquerque, 913, Savassi. Informações: (31) 3500-6750