Quase 12 mil músicos venezuelanos interpretaram no sábado passado (13/11) a “Marcha eslava”, de Tchaikovsky, em uma tentativa de bater o novo recorde Guinness de "maior orquestra do mundo", um resultado que será conhecido nos próximos dias.
"O Sistema", como é conhecido e que serviu de inspiração para vários projetos em dezenas de países, é berço de grandes nomes, como Gustavo Dudamel, diretor musical da Ópera de Paris e da Filarmônica de Los Angeles.
Hino
A obra de Piotr Ilich Tchaikovsky, composta em 1876 como hino para inspirar os soldados russos e sérvios na guerra com a Turquia, foi a terceira no programa de oito peças do concerto.
Andrés David Ascanio, de 34 anos, recebeu a missão de reger a orquestra. "Se uma corda partir, não parem. Caso percam a partitura, continuem de memória, mas não parem", pediu o maestro ao final do ensaio, para não colocar o recorde em risco.
A Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, a mais importante do país, foi a base do grande número de músicos. Durante os 12 minutos de duração da “Marcha” de Tchaikovsky, 260 auditores da empresa KPMG observaram se cada músico respeitava as regras para o novo recorde, entre elas o veto ao compartilhamento de instrumentos e a exigência de que todos os músicos tocassem por pelo menos cinco minutos.
A organização Guinness anunciará nos próximos 10 dias se a Venezuela tem a maior orquestra do mundo. O atual recorde, de 2019, foi registrado em São Petersburgo, na Rússia, por uma orquestra de 8.097 músicos.
"O Sistema" já reuniu mais de 10 mil músicos para prestar homenagem ao maestro Abreu quando ele faleceu, em 2018. Na época foi impossível certificar o recorde pelo tempo e a documentação exigida pelo Guinness.