Pela primeira vez em sua carreira, iniciada na década de 1960, o cantor, compositor e violonista Renato Teixeira se apresenta sem banda em um teatro. A estreia nacional de “Um poeta e um violão” será neste sábado (20/11), na capital mineira. Às 21h, com a presença da plateia, o paulista sobe ao palco do Palácio das Artes.
Leia Mais
Vander Lee ganha homenagem na agenda cultural do Dia da Consciência NegraCia. de Comédia Os Melhores do Mundo volta a BH neste domingoCaetano Veloso e Paulinho da Viola ganham Grammy Latino em festa dedicada a Marília MendonçaBruce Gomlevsky homenageia John Lennon nesta sexta (19/11), em BHNOVIDADE
Desta vez, Renato Teixeira quis fazer algo diferente. “Preferi o formato voz e violão, que nunca uso”, comenta. Em 1997, ele lançou o disco “Um poeta e um violão”, mas depois optou pelo acompanhamento de três músicos. “Quando o show é maior, em praça grande, vou com banda ou orquestra.”
O show desta noite é simbólico, pois marca a volta do artista ao palco após o confinamento imposto pela pandemia. E o Palácio das Artes é especial, ele garante. “É o lugar onde tenho uma história, uma relação afetiva e amorosa. Toco no PA antes mesmo do incêndio (em abril de 1997). Minas Gerais é onde a minha música repercute com doçura. Além disso, tenho identidade muito grande com a cultura do estado.”
Este “voz e violão” terá um gostinho de estreia. “Nunca fiz uma apresentação solo. Fiz uma live só tocando violão e cantando, mas show assim é realmente a primeira vez em minha vida. É para marcar mesmo, deixar o show bem especial”, observa, dizendo-se “superseguro” para encarar a missão.
Prometendo uma noite “muito gostosa”, ele adianta detalhes. “Será tudo bem no clima mineiro. E é lógico que vou cantar 'Tocando em frente', 'Romaria' e 'Amora', porque as pessoas vão lá ouvir as minhas músicas. Aproveito a acústica do teatro, que é muito boa, para cantar algumas inéditas. O importante é todo mundo sair feliz do teatro, o público e eu.”
O paulista está terminando de produzir “Naturezas”, álbum de parcerias com o cearense Fagner. “São oito inéditas – melodias dele e letras minhas. Fizemos um disco com 10 músicas, pensando posteriormente em um CD. Escolhemos oito e acrescentamos ‘Mucuripe’ e ‘Tocando em frente’”, informa.
Almir Sater é o convidado da dupla. “Ele canta duas músicas com a gente. Agora começa a fase de mixagem e masterização, mas primeiro virá o clipe de ‘Tocando em frente’, comemorando os 30 anos dessa canção”, informa Teixeira. “O importante é a gente se preparar para cobrir todas as plataformas digitais.”
O projeto inclui CD e talvez LP. O vinil ainda é muito importante, pois há colecionadores espalhados pelo mundo, ressalta o artista, de 76 anos. “O fato de eu e Fagner sermos do tempo do LP pode contribuir para o sucesso do vinil. Depois é que veio o CD. O vinil também é um objeto de arte.” O lançamento é do selo Kuarup, pelo qual Renato gravou vários discos.
AGENDA
A volta aos palcos já encheu a agenda de Renato Teixeira. “Tenho shows marcados para quase todos os fins de semana. Vou rodar com ‘Um poeta e o violão’ por várias capitais”, comenta, adiantando que está nos planos um show e, quem sabe, turnê com o parceiro do Ceará.
“Esse trabalho com o Fagner é bem interessante, porque são duas regiões distintas. Represento o interior, Sul de Minas e São Paulo; ele, o interior do Ceará. Acho um encontro legal, ficou algo bem brasileiro”, garante.
“UM POETA E UM VIOLÃO”
Show solo de Renato Teixiera. Neste sábado (20/11), às 21h, no Palácio das Artes. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Plateia 1: R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia). Plateia 2: R$ 110 e
R$ 55. Plateia superior: R$ 90 e R$ 45. Ingressos à venda na bilheteria da casa e no site Eventim