Jornal Estado de Minas

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Capoeira é declarada patrimônio cultural imaterial de Uberaba

A Fundação Cultural de Uberaba (FCU), através do Departamento de Patrimônio Histórico e em conjunto com o Conselho de Salvaguarda da Capoeira de Uberaba, registrou na semana passada a roda de capoeira como patrimônio cultural imaterial da cidade.




 
Segundo o mestre de capoeira do Grupo Raízes do Brasil Centro Cultural de Capoeira de Uberaba, Gleisson Marques, o mestre Crei, o reconhecimento municipal servirá para fortalecer o desenvolvimento dos diversos trabalhos de capoeira na cidade e na região.

“Desde janeiro de 2019, capoeiristas de Uberaba reúnem-se bimestralmente, com a finalidade de discutir e planejar o plano da salvaguarda para a capoeira no município”, ressalta mestre Crei.
 
O decreto foi publicado no Porta-Voz do Município, da última quarta-feira (29/12). A publicação garante que a manifestação cultural seja devidamente preservada como patrimônio registrado.
 
De acordo com o historiador da FCU, o professor Gustavo Vaz, o trabalho de registro foi feito em conjunto com mais de 20 grupos de capoeira. “ A ação é um estímulo para que os grupos permaneçam ativos e conservem seus saberes”, complementou.




 
“Esta arte-luta-jogo tornou-se a nova diáspora da mensagem dos afro-descendentes pelo mundo. Esses reconhecimentos fazem com que se perpetuem as tradições da herança cultural da capoeira, sobretudo do povo preto, ao mesmo tempo em que a promovem como símbolo identitário de memória nacional”, destaca o mestre Crei.

Reconhecimento internacional


Um dos símbolos brasileiros mais reconhecidos internacionalmente, a roda de capoeira foi considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade durante a 9ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda realizado em Paris, em novembro de 2014. A decisão foi aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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