(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MÚSICA

Maurício Barros ironiza negacionistas no disco "Não tá fácil pra ninguém"

Primeiro álbum solo do fundador do Barão Vermelho traz parcerias com Otto, Arnaldo Antunes, Fausto Fawcett e Rogério Batalha


05/01/2022 04:00 - atualizado 05/01/2022 00:08

De óculos escuro e blusa preta, o músico Maurício Barros olha para a câmera
Tecladista Maurício Barros criou o seu disco solo durante a pandemia (foto: Marcos Hermes/divulgação)


A pausa da pandemia foi o ensejo para Maurício Barros, tecladista e fundador do Barão Vermelho, uma das bandas mais importantes do rock brasileiro, concluir seu primeiro projeto solo, o álbum “Não tá fácil pra ninguém”, disponível nas plataformas digitais.
 
Com canções compostas ao longo de sua longa trajetória, o projeto mais íntimo de Barros, de 57 anos, traz parcerias com Arnaldo Antunes e Fausto Fawcett, entre outros. “Cada letra e acorde são a mais perfeita tradução do que eu sou, do que sinto”, comenta o tecladista.

"CELULAR-ESTÚDIO"

O álbum solo era um plano antigo, mas sempre foi deixado de lado devido aos projetos que surgiam no caminho dele. As gravações ocorreram entre 2018 e 2021. Barros conta que chegou a registrar algum material no celular e a mixagem foi feita remotamente.
 
“A sonoridade deste disco é totalmente orgânica, sem deixar de ter preocupação com a unidade não só no som, mas nas letras e nas mensagens, para dizer o que eu queria neste momento”, afirma.
Das 10 faixas, duas são assinadas apenas por ele: “Como você está?” e “Não desista”. Além de Antunes e Fawcett, há parcerias do “Barão” com os letristas Mauro Santa Cecília e Rogério Batalha.
 

"A sonoridade deste disco é totalmente orgânica, sem deixar de ter preocupação com a unidade não só no som, mas nas letras e nas mensagens, para dizer o que eu queria"

Maurício Barros, compositor e tecladista

 
 
Convidado pelo carioca, o pernambucano Otto fez a letra e canta na faixa “Abra essa porta”.
“São pessoas que admiro, quis que participassem do projeto. Cheguei a mexer em algumas letras, porque tinha de acreditar no que eu estava cantando”, confessa Maurício.
 
As faixas trazem a participação de Dadi e Marcelinho Da Lua. Mauricio Negão (da banda de Ney Matogrosso) e Lourenço Monteiro (da banda de Marcelo D2) tocam em todas elas.
 
Para masterizar o álbum, Barros convidou o norte-americano Brian Lucey, que trabalhou com Elvis Costello, Liam Gallagher e Arctic Monkeys.
 
O resultado é um trabalho que passa por diversos estilos musicais sem perder o apelo pop, passeando por indie rock, blues, folk rock e maracatu.
 
“Não tá fácil pra ninguém”, parceria com Rogério Batalha, é um samba que inicialmente não estava no repertório. A ideia de incluí-lo veio quando Maurício pensou no título de seu disco solo.

É uma “cutucada” nos negacionistas, que rejeitam a vacina e questionam a própria pandemia da COVID-19. “Cansou de ver gente surtar/ por não confiar/ no que diz o doutor”, diz um trecho do samba.
 
A viagem sonora passa também pelo ska, na faixa “Já me sinto bem”, parceria do “Barão” com Bruno Levinson.
 
Compositor dos hits “Amor pra recomeçar”, “Por você” (ambas com Frejat e Mauro Santa Cecília) e “Puro êxtase” (com Guto Goffi), Maurício produziu os álbuns “Viva” (2019), do Barão Vermelho, e “Intimidade entre estranhos” (2008), de Roberto Frejat.
 
Além de cantar e compor, em seu disco solo ele atua como instrumentista, arranjador e produtor. “Se já tinha desempenhado todos aqueles trabalhos, por que não faria o mesmo no meu próprio álbum?”, comenta.
 

BARÕES DE REINVENTAM

Com 40 anos de estrada no Barão Vermelho, outros integrantes da banda têm se reinventado em carreiras solo. O baterista Guto Goffi, de 59 anos, lançou recentemente o livro de poemas “Quem alimenta quem”, com letras que fez para o grupo e para projetos individuais dele.

Já o baixista Rodrigo Santos, de 57, mandou para as plataformas digitais seu primeiro álbum solo acústico, “Simples”. Tanto Guto como Rodrigo cuidaram pessoalmente do projeto visual dos novos trabalhos.

* Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel (Com redação)
 

FAIXAS

“Alô Alô humanidade”
De Fausto Fawcett e Maurício Barros

“Mania
De Bruna Beber, Maurício Barros e Mauro Santa Cecília

“Senti que dancei”
De Maurício Barros e Patrícia Polayne

“Como você está?”
De Maurício Barros

“A rua e eu”
De Gian Fabra e Maurício Barros

“Zanzando”
De Arnaldo Antunes e Maurício Barros

“Abra essa porta”
De Maurício Barros e Otto

“Não tá fácil pra ninguém”
De Maurício Barros e Rogério Batalha

“Já me sinto bem”
De Bruno Levinson e Maurício Barros

“Não desista”
De Maurício Barros 
 
 
Maurício Barros em imagem de perfil, com prédios ao fundo, na capa do disco 'Não tá fácil pra ninguém'
(foto: Tratore/reprodução)
 
 

“NÃO TÁ FÁCIL PRA NINGUÉM”

 
Disco solo de Maurício Barros
10 faixas
Tratore
Disponível nas plataformas digitais 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)