Tradição de 6 de janeiro, a folia de reis volta a ser presencial depois de prejudicada pela pandemia, que desestimula aglomerações para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Nesta quinta-feira (6/1), o cortejo encabeçado pelo instrumentista, cantor, compositor e ator Maurício Tizumba será realizado a partir das 18h, na Praça da Liberdade.
Na alameda central, vão se encontrar as folias Estrela do Oriente, do Bairro Tupi, em BH, e a Folia dos Santos Reis, de Vespasiano, mas com os cuidados exigidos pelo protocolo sanitário.
“O objetivo não é aglomerar as pessoas. Vamos passar pela praça, nos despedir das luzes e ir embora”, afirma Tizumba. Serão 30 minutos de apresentação de cerca de 40 congadeiros.
O objetivo não é aglomerar as pessoas. Vamos passar pela praça, nos despedir das luzes e ir embora
Maurício Tizumba, músico e congadeiro
O evento encerra a segunda edição do festival Luzes da Liberdade, realizado desde 7 de dezembro, com atrações culturais e a colorida iluminação natalina dos prédios na região da praça.
O público estará presente, mas Tizumba avisa: a pandemia ainda não acabou e todos devem adotar cuidados para evitar a propagação da COVID-19.
As folias foram extremamente prejudicadas pela impossibilidade do contato presencial, lembra ele. “Somos um povo muito humilde. Até conseguimos fazer algumas coisas. Mas até para usar a tecnologia dependemos de dinheiro”, observa.
Também conhecida como reisado, a folia celebra o nascimento de Jesus Cristo e a jornada dos três reis magos – Belchior, Gaspar e Baltazar – para reverenciá-lo. “A manifestação banto-católica começa em 24 de dezembro e vai até 6 de janeiro, juntando pessoas para cantar o nascimento do Menino-Deus”, conclui Tizumba.
FOLIA DE REIS
Encerramento do Festival Luzes da Liberdade. Com Maurício Tizumba e folias TAL e Estrela do Oriente. Nesta quinta-feira (6/1), a partir das 18h, na Praça da Liberdade, Funcionários. Entrada franca.
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria