O humorista Ivanildo Gomes Nogueira, mais conhecido como Batoré, morreu na segunda-feira (10/1), aos 61 anos, de câncer. Batoré estava internado na Unidade de Pronto-atendimento (UPA) de Pirituba, Zona Norte de São Paulo. Ele se destacou no programa “A praça é nossa”, do SBT/Alterosa, e na novela “Velho Chico”, da Rede Globo, entre outras atrações.
O SBT se solidariza com a família de 'Ivan', que deixa os filhos Ivann e Alexandra, com todo o público que sempre aplaudiu Batoré e com seus colegas e amigos de 'A praça é nossa', e pede a Deus que os conforte neste momento difícil
SBT, em nota oficial
FUTEBOL E TV
Nascido em Serra Talhada, em Pernambuco, Ivanildo Nogueira se mudou para a capital paulista ainda criança. Antes de se tornar conhecido como ator, ele teve breve carreira no futebol, abreviada por uma fratura no tornozelo. Jogou nas categorias de base do São Paulo.
A oportunidade na televisão veio com um número criado por ele, “Gol em câmera lenta”, que apresentou nos programas “Viva a noite” e “Show de calouros”, no SBT/Alterosa.
No final dos anos 1980, fez figuração em “A praça é nossa”. Era o garçom do bar lateral que compunha o cenário.
Em 1993, Carlos Alberto de Nóbrega, apresentador desta atração, aprovou o personagem criado por Ivanildo: Batoré, pacato sertanejo que contava causos de sua vida em São Paulo, com sua camisa florida, tênis azul e cabelos bem penteados. O bordão “ah para, ô” surgiu ali.
Batoré brincava com sua aparência. E gravou o disco com a canção “Você pensa que é bonito ser feio?”.
Ivanildo também atuou na série “Cine Hólliudy” e na novela “Velho Chico”, ambas na Globo. Fez humorísticos na Record TV e participou da série “Os exterminadores do além”, ao lado de Danilo Gentili, exibida pelo SBT/Alterosa.
Em recente entrevista, Ivanildo Nogueira contou que se inspirou no Nordeste para criar seu personagem mais famoso. “Fiz essa homenagem e, graças a Deus, Batoré é um dos mais queridos”, disse.
Em 2008, Ivanildo foi eleito vereador em Mauá, na Grande São Paulo, com 4.778 votos. Ele foi reeleito em 2012, mas, dois anos depois, a Justiça Eleitoral o afastou do cargo após mudança de partido, considerando a manobra como “infidelidade partidária”.