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Estado de Minas CINEMA

Neste mundo castigado pela pandemia, onda de musicais invade Hollywood

Nova versão de ''Amor sublime amor'', ''Tick, tick... Boom!'', ''Sin 2'' e ''Respect: A história de Aretha Franklin'' se destacam na agenda de 2022


16/01/2022 04:00 - atualizado 16/01/2022 09:25

Dois grupos de dançarinos se encaram, tendo ao fundo um cantor no palco, no filme Amor, sublime amor
Versão de Steven Spielberg para "Amor sublime amor" presta tributo ao filme e ao musical da Broadway que conquistaram o mundo nos anos 1960 (foto: 20th Century Studios/divulgação)

Numa onda crescente observada no cinema, os musicais voltam a se projetar em Hollywood. Muito natural que, depois de tantas mazelas infestando o cotidiano e o ânimo das pessoas, o ato de cantar, o universo dos sons e mesmo trajetórias associadas a biografias musicais estejam em franca valorização. Não há quem resista àqueles acordes. Prestigiadas pelo público, as produções já despontam como apostas em premiações relevantes, como o Oscar.

Com tantos fenômenos sonoros internacionais em foco, os latinos ganham destaque na renovação da onda musical. Neste duro período enfrentado pelo cinema, houve perdas como a de Stephen Sondheim, morto em novembro de 2021, aos 91 anos, autor de obras-primas da Broadway e das telas, como “Amor, sublime amor”, com enredo centrado na disputa de território entre porto-riquenhos e irlandeses, que sentem na pele o peso de serem imigrantes em Nova York.

De vestido branco, a atriz Rachel Zegler, com o rosto triste, está no meio de dançarinos num salão de baile, no filme Amor, sublime amor
Rachel Zegler, de ascendência colombiana, levou o Globo de Ouro de melhor atriz de musical por sua interpretação como a jovem Maria em "Amor, sublime amor" (foto: 20th Century Studios/divulgação)

A RELEITURA DE SPIELBERG

“Amor, sublime amor” levou o prêmio mais importante do Globo de Ouro 2022 dedicado a musical ou comédia. Sondheim é o letrista das melodias do genial Leonard Bernstein. Ninguém menos do que Steven Spielberg revisitou o clássico “West Side story”, seu título original.

O longa-metragem, lançado em 1961, fez a proeza de ser o melhor filme na prestigiosa corrida ao Oscar em 1962. Aliás, à época, se juntou a recordistas, conquistando outras 10 estatuetas.

Este ano, o “Amor, sublime amor” de Spielberg deu o Globo de Ouro a duas atrizes latinas: Rachel Zegler, de ascendência colombiana, e Ariana DeBose, filha de porto-riquenho.

Neste redesenhado cenário de valorização dos musicais, Lin-Manuel Miranda, americano de ascendência porto-riquenha, ganha o status de mago do gênero.

O diretor e músico Lin-Manuel Miranda ao lado do cartaz do filme Tick, tick... Boom, onde se vê a foto do ator Andrew Garfield sentado ao piano
Lin-Manuel Miranda é o grande nome dos musicais americanos da atualidade. Ele dirigiu ''Tick, tick... Boom!'', que premiou o ator Andrew Garfield (no cartaz) com o Globo de Ouro (foto: 20th Century Studios/divulgação)

 
Compositor de “Dos oruguitas”, concorrente (derrotado pelo fenômeno Billie Eilish) à estatueta de melhor música original com a animação “Encanto” no Globo de Ouro, Miranda é também um dos autores do argumento deste longa da Disney, que venceu na categoria de melhor animação.

Responsável por “Hamilton”, megassucesso musical da Broadway há alguns anos, o brilho de Lin-Manuel Miranda parece realmente não ter limites em 2022.

Produtor e autor da futura adaptação de “A pequena sereia” para a Disney, ele conduz “Tick, tick... Boom!”, numa estreia como diretor que deu a Andrew Garfield o prêmio de melhor ator de musical ou comédia no Globo de Ouro.

Homenagem aos musicais americanos, a animação “Sing 2”, que já está no circuito dos cinemas brasileiros, é carro-chefe do estúdio Illumination na disputa do prêmio Annie, destacado no cenário mundial, que será entregue em fevereiro.
 
Jovem casal sorri e ergue os dedos, conversando na linguagem dos sinais, tendo o mar ao fundo em cena do filme No ritmo do coração
"No ritmo do coração", sobre garota surda em conflito com seu talento musical, brilhou em Sundance em 2021 (foto: Amazon Prime Video/divulgação)
 
 
Grande sucesso no Festival de Sundance do ano passado, “No ritmo do coração” é dirigido pela norte-americana Sian Heder. O longa traz um tema inclusivo, que alinha música com personagens que cativaram o público do festival, de onde saiu com os troféus de melhor elenco, melhor diretor, melhor filme/júri e melhor filme/público.

Na fita, a atriz Marlee Matlin, que é surda, interpreta a filha de pais deficientes auditivos que reluta em assumir a estreita ligação com a música.

ARETHA DE VOLTA

Candidato (derrotado) ao troféu de melhor canção no Globo de Ouro, o filme “Respect: A história de Aretha Franklin”, estrelado por Jennifer Hudson, traz uma ode à cantora de rhythm & blues, morta em 2018.

Por outro lado, encabeçado pelo ator Peter Dinklage (candidato, no Globo de Ouro, a melhor ator de musical ou comédia), “Cyrano” competiu na categoria de melhor filme. Em pauta está o tema do nanismo e da crueldade de parte da sociedade representada neste longa, que retoma as partituras musicais da Broadway setentista e que redesenhou a famosa peça escrita, em 1897, por Edmund Rostand.


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