Até 14 de fevereiro, a 12ª edição do My French Film Festival vai apresentar curtas e longas-metragens com o propósito de difundir a produção cinematográfica francófona. Criado pela estatal francesa Unifrance, o evento, de âmbito mundial, foca na exibição on-line dos filmes
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Três dezenas de produções foram divididas por temas. “Franceses e furiosos” destaca títulos de diretores jovens que fazem o chamado cinema de autor, ou seja, que refletem sua personalidade artística. Um dos destaques é “Teddy” (2020), dos gêmeos Ludovic e Zoran Boukherma. Conta a história de um jovem de 19 anos que, em meio ao surto de raiva na localidade onde vive, é arranhado por um estranho bicho que o faz desenvolver instintos animais.
A seção “Juventude destemida” reúne filmes que abordam diferentes visões e concepções sobre infância e adolescência. A comédia “Embarque” (2020), de Guillaume Brac, exibida na mostra “Panorama” do Festival de Berlim, em 2020, gira em torno de quatro jovens de realidades diferentes que fazem viagem de férias pelo Sudeste da França.
Já “Identidades problemáticas” destaca filmes cujos personagens estão em constante busca de si mesmos, como é o caso de Sophie (Sara Forestier), protagonista de “Playlist” (2020), o longa-metragem de estreia de Nine Antico.
Em “Cinemas do desejo” estão títulos que oferecem uma visão sobre o despertar para o amor, o desejo e a sensualidade. Um dos destaques é “O meio do horizonte” (2019), de Delphine Lehericey, sobre o romance entre duas mulheres, vividas pelas atrizes Laetitia Casta e Clémence Poésy, que se passa no verão de 1976. Lehericey recebeu o Greenpeace Lurra no festival espanhol de San Sebastián, prêmio criado para consagrar obras que abordam valores de defesa do meio ambiente e da paz.
Na seção “Histórias noturnas”, o festival exibe tramas que ocorrem entre o anoitecer e o amanhecer. O curta “Dustin”, de Naïla Guiguet, se passa em uma festa durante a qual um jovem transgênero experimenta diferentes sensações em meio à histeria coletiva.
WESTERN FEMINISTA
Já a proposta de “Viagens, a viagem” é contar histórias pouco conhecidas. Na animação “Calamidade” (2020), Rémi Chayé faz tributo aos westerns ao abordar a infância mítica de Calamity Jane, como era conhecida Martha Jane Canary-Burke (1852-1903), mulher aventureira que viveu nos tempos do Velho Oeste americano.
Nesta 12ª edição, o My French Film Festival exibe quatro curtas de animação infantis. São eles: “Astralium” (2020), de Lucie Andouche; “Mido e os instrumais” (2020), de Roman Guillanton; “Olho por olho” (2019), de Thomas Boileau, Alan Guimont, Robin Courtoise, Mathieu Lecroq, Malcolm Hunt e François Briantais; e “Tesouro” (2020), de Alexandre Manzanares, Guillaume Cosenza, Philipp Merten e Silvan Moutte-Roulet.
Indicado ao prêmio César 2021 de melhor documentário, “Um país que sabe se comportar” (2020), de David Dufresne, integra o festival. Por meio de imagens registradas por amadores, o filme explicita a violência policial durante o movimento dos coletes-amarelos, que agitou a França em 2018.
Já no drama “O céu de Alice” (2020), estreia da diretora Chloé Mazlo, uma jovem dos anos 1950 troca a Suíça pelo Líbano, onde se apaixona por astrofísico que sonha em enviar para o espaço o primeiro foguete libanês. A tranquilidade de sua vida é interrompida com o início da guerra civil.
O documentário “As índias galantes” (2020), de Philippe Béziat, mostra a montagem de um espetáculo de dança urbana a ser encenado na tradicional Ópera de Paris.
As produções em cartaz no My French Film Festival concorrem ao Grande Prêmio do Júri Internacional, que contemplará um longa-metragem. Já os prêmios do Público e da Imprensa Internacional serão destinados a um longa e um curta-metragem.
Ao final de cada exibição, o público será convidado a atribuir uma nota ao filme a que assistiu e deixar um comentário no site do festival.
MY FRENCH FILM FESTIVAL
Até 14 de fevereiro. Os filmes, gratuitos, estão disponíveis no site do festival (www.myfrenchfilmfestival.com) e nas plataformas Belas Artes à La Carte (belasartesalacarte.com.br), FILMICCA (filmicca.com.br) e Reserva Imovision (reservaimovisional.com.br)
EM CARTAZ
“FRANCESES E FURIOSOS”
>> “Teddy” (2020), de Ludovic Boukherma e Zoran Boukherma
>> “Um país que sabe se comportar” (2020), de David Dufresne
>> “Os demônios de Dorothy” (2021), de Alexis Langlois
>> “Horacio” (2019) de Caroline Cherrier
>> “Love hurts” (2020), de Elsa Rysto
“JUVENTUDE DESTEMIDA”
>> ”Embarque” (2020), de Guillaume Brac
>> “As Índias galantes” (2020), de Philippe Béziat
>> “À moda antiga” (2020), de Yasmine Bahechar
>> “Cabeça erguida” (2021), de Adrian Moyse Dullin
“IDENTIDADES PROBLEMÁTICAS”
>> “Nadia, borboleta” (2020), de Pascal Plante
>> “Playlist” (2020), de Nine Antico
>> “Uma vida doida” (2020), de Raphaël Balboni e Ann Sirot
>> “Os patinhos feios” (2020), de Anton Balekdjian
“CINEMAS DO DESEJO”
>> “O amante” (1991), de Jean-Jacques Annaud
>> “Charuto de mel” (2020), de Kamir Aïnouz
>> “O meio do horizonte” (2020), de Delphine Lehericey
>> “Hold me tight” (2021), de Léoluna Robert-Tourneur
>> “Lua” (2020), de Zoé Pelchat
“HISTÓRIAS NOTURNAS”
>> “O médico de plantão” (2020), de Elie Wajeman
>> “Dustin” (2020), de Naïla Guiguet
>> “Malabar” (2020), de Maximilian Badier-Rosenthal
>> “Ourse” (2021), de Nicolas Birkenstock
“VIAGENS, A VIAGEM”
>> “Calamidade” (2020), de Rémi Chayé
>> “O céu de Alice” (2020), de Chloé Mazlo
>> “Erratum” (2021), de Giulio Callegari
>> “Omnibus” (1992), de Sam Karmann
“KIDS CORNER”
>> ”Astralium” (2020), de Lucie Andouche
>> “Mido e os instrumais” (2020), de Roman Guillanton
>> “Olho por olho” (2019), de Thomas Boileau, Alan Guimont, Robin Courtoise, Mathieu Lecroq, Malcolm Hunt e François Briantais
>> “Tesouro” (2020), de Alexandre Manzanares, Guillaume Cosenza, Philipp Merten e Silvan Moutte-Roulet